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ATAQUE EM ISRAEL: Bombardeio em Israel provoca ao menos 40 mortes neste sábado (7)

Braço armado do Hamas anunciou que lançou a operação "Dilúvio de Al Aqsa" contra Israel e o lançamento de milhares de foguetes a partir da Faixa de Gaza

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AFP

Publicado em 07/10/2023 às 8:54 | Atualizado em 07/10/2023 às 15:58
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Pelo menos 232 pessoas morreram na Faixa de Gaza neste sábado (7), de acordo com um balanço atualizado do Ministério da Saúde do enclave palestino, após o movimento Hamas lançar uma ofensiva militar contra Israel, que respondeu com bombardeios.

"Os hospitais na Faixa de Gaza receberam até agora 232 mártires e 1.697 pessoas com ferimentos de diferentes graus devido à agressão israelense", afirmou o ministério em um comunicado.

Neste estreito território de 362 km² vivem 2,3 milhões de palestinos, que estão sob um rigoroso bloqueio israelense desde 2007. Neste sábado, o Ministério de Energia de Israel ordenou o corte no fornecimento de eletricidade para o enclave.

O Hezbollah, o movimento libanês pró-Irã, parabenizou o grupo islâmico palestino Hamas por sua "operação heroica em grande escala" contra Israel.

O braço armado do Hamas anunciou que lançou a operação "Dilúvio de Al Aqsa" contra Israel e o lançamento de milhares de foguetes a partir da Faixa de Gaza.

O exército israelense disse que milicianos palestinos conseguiram se infiltrar com a ajuda de parapentes. As forças israelenses também lançaram operações aéreas contra alvos do Hamas em Gaza, disseram.

"O Hezbollah felicita o povo palestino e os seus aliados nas Brigadas al-Qasam e no Hamas" por "esta operação heroica em grande escala" e "vitoriosa", afirmou o partido xiita libanês em um comunicado.

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O Hezbollah é um inimigo jurado de Israel e um ator importante na vida política libanesa, que mantém boas relações com o Hamas, o movimento que governa a Faixa de Gaza.

"O comando da resistência islâmica no Líbano (...) está em contato direto com o comando da resistência palestina no país e no exterior, e avalia continuamente os desenvolvimentos e a condução das operações", acrescentou o Hezbollah.

O movimento libanês sustentou ainda que a operação surpresa do Hamas é "uma mensagem ao mundo árabe e muçulmano (...), em particular àqueles que tentam normalizar as suas relações" com Israel, que está negociando o estabelecimento de relações com a Arábia Saudita.

Brasil se solidariza

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou os ataques a Israel. "Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas", escreveu Lula, em sua conta no X (antigo Twitter).

E complementou dizendo que "o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU.
Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", finalizou o presidente Lula.

Posicionamento da ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou o ataque do Hamas a Israel. Em comunicado, Guterres disse estar consternado com os relatos de que civis foram atacados e raptados em suas casas e manifestou condolências às famílias dos mortos.

A violência não vai proporcionar uma solução para o conflito e só com negociações que conduzam a uma solução de dois Estados a paz poderá ser alcançada, diz Guterres.

Guterres disse condenar, nos “termos mais veementes” o ataque do Hamas contra cidades israelitas perto da Faixa de Gaza e do centro de Israel, “incluindo o lançamento de milhares de foguetes contra centros populacionais israelitas”.

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