Guerra em Israel

Netanyahu: Temos apoio internacional sem precedentes; todos os membros do Hamas morrerão

O líder destacou que conversou pela quarta vez com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse que o americano reforçou seu apoio a Israel

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Estadão Conteúdo

Publicado em 11/10/2023 às 18:14
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira, 11, que o pais conta com apoio internacional sem precedentes, e que receberá aeronaves e munição de parceiros para enfrentar a recente guerra. O líder destacou que conversou pela quarta vez com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse que o americano reforçou seu apoio a Israel.

Em pronunciamento para anunciar a formação de um governo de emergência, Netanyahu descreveu o que chamou de atrocidades cometidas pelo Hamas contra civis israelenses, e afirmou que o país está lidando com um inimigo muito pior que o Isis (grupo Estado Islâmico). O primeiro-ministro destacou a necessidade da ofensiva contra o grupo, e afirmou: "Todos os membros do Hamas morrerão. Nós os esmagaremos".

Netanyahu esteve junto ao líder da oposição Benny Gantz, com quem irá compor o governo emergencial. "O povo de Israel está unido e hoje o seu governo está unido. Trabalhares junto pelo benefício de todos os israelenses", afirmou.

Netanyahu e oposição se unem e criam governo de emergência e gabinete de guerra

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, e a ala da oposição encabeçada pelo ex-ministro da Defesa Benny Gantz alcançaram um acordo para a criação de um governo de emergência e unidade nacional.

Em uma declaração conjunta, Netanyahu e Gantz detalharam que será criado um gabinete especial para gestão da guerra, do qual os dois farão parte.

O Likud, partido de Netanyahu, já havia indicado na quarta-feira, 10, que tinha um acordo interno com os membros de seu gabinete para a entrada da oposição no governo. Embora o cenário político interno de Israel fosse extremamente acirrado, o ataque do Hamas acabou criando uma unidade em torno da resposta à agressão.

O principal termo para o acordo entre o governo e a oposição foi a criação de um gabinete de guerra, que terá a participação de Netanyahu, Gantz e o ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Essa era uma das principais exigências de Gantz para concordar com o governo de unidade. O líder do principal grupo de oposição, o ex-premier Yair Lapid, não entrará no governo de coalizão, mas Netanyahu e Gantz disseram que um lugar foi "reservado" para ele no gabinete de guerra.

A liderança do esforço de guerra já era uma questão suscitada dentro de Israel desde o ataque terrorista do Hamas, mas divergências sobre a forma que assumiria e sobre quem seria incluído retardaram brevemente o esforço.

Gantz, líder da aliança política de oposição Unidade Nacional, apelou repetidamente pelo fim do governo de Netanyahu, mas disse que consideraria se juntar a um governo de emergência liderado pelo primeiro-ministro.

Analistas disseram que a dificuldade de Israel em remendar a resposta política aos ataques foi em grande parte resultado da lentidão de Netanyahu. O primeiro-ministro enfrenta um julgamento por corrupção e uma oposição generalizada às mudanças no sistema judicial que, segundo os críticos, minam as normas democráticas do país. Ele teria pouca vontade de mudar a composição do atual governo, que o apoia.

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