Exército israelense mata 'terroristas' em tentativa de se infiltrar do Líbano
O Exército libanês acusou Israel, neste sábado, de ser responsável pelo bombardeio que matou um jornalista e feriu vários outros
O exército israelense matou vários "terroristas", neste sábado (14), que tentavam se infiltrar em Israel pelo Líbano, informou um porta-voz militar.
"Soldados do Exército israelense identificaram, há algumas horas, um comando terrestre que tentava penetrar no território israelense a partir do Líbano", disse o porta-voz em um comunicado.
"Um drone atacou este comando e matou vários terroristas", acrescentou.
Um jornalista da agência Reuters morreu na sexta-feira (13), e outros repórteres, incluindo dois da AFP, ficaram feridos em um bombardeio perto da cidade de Alma al Shaab, no sul do Líbano, alvo de obuses israelenses, segundo fontes de segurança libanesas.
O Exército libanês acusou Israel, neste sábado, de ser responsável pelo bombardeio que matou o jornalista e feriu vários outros.
"O inimigo israelense disparou um foguete contra um veículo de imprensa civil, resultando na morte do cinegrafista Issam Abdallah" e ferindo vários outros jornalistas, conforme um comunicado do Exército.
O Ministério libanês das Relações Exteriores denunciou, na rede social X (ex-Twitter), "um assassinato deliberado" e "um ataque flagrante à liberdade de imprensa".
Neste sábado, o Exército israelense disse que "sentia muito" a morte do jornalista Issam Abdallah, sem reconhecer explicitamente sua responsabilidade, e afirmou que abriu "investigações".
Issam Abdallah, de 37 anos, morreu, e seis jornalistas (dois da AFP, dois da Reuters e dois da Al-Jazeera) ficaram feridos no bombardeio, enquanto faziam uma cobertura nas imediações do povoado de Alma el Shaab.
A região fronteiriça é palco de hostilidades recorrentes há quase uma semana, mas as operações eram limitadas, assim como os bombardeios israelenses.
O poderoso movimento xiita Hezbollah, pró-Irã, limitou-se a bombardear posições israelenses no norte, para mostrar seu apoio ao Hamas, depois da ofensiva letal lançada pelo movimento islâmico palestino em 7 de outubro, em território israelense.
Ontem, porém, disse estar "totalmente preparado" para se somar ao Hamas na guerra contra Israel no momento certo.