Israel e Hamas: o que sabemos sobre a crise dos reféns
As provas do sequestro vêm de imagens gravadas e divulgadas pelo Hamas no momento dos fatos, em 7 de outubro ou depois
O movimento islamita Hamas tomou como reféns 199 cidadãos israelenses, estrangeiros e com dupla nacionalidade em 7 de outubro, segundo o governo de Israel. Veja, a seguir, o que sabemos sobre a sua situação e os esforços para libertá-los.
Depois de uma semana de falta de clareza, enquanto eram registrados os corpos encontrados nos locais dos ataques do movimento islamita palestino, o governo identificou 199 reféns, civis e soldados, e atualizou um balanço anterior que falava de 126 cativos nas mãos do Hamas.
Entre os reféns estão soldados israelenses, mulheres, crianças, idosos, trabalhadores estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade.
As provas do sequestro vêm de imagens gravadas e divulgadas pelo Hamas no momento dos fatos, em 7 de outubro ou depois.
Segundo o Hamas, que ameaçou executá-los em caso de ataques contra civis, 22 reféns já morreram em bombardeios israelenses. Este número não é verificável.
A inteligência militar, e o general Nitzan Alon em particular, estão encarregados desta questão, na qual o Exército afirma implementar "esforços colossais".
De forma inédita e híbrida, uma plataforma de "milhares de voluntários, que inclui especialistas da sociedade civil e reservistas da famosa unidade de inteligência 8200, ajudam em um quartel-general comum na identificação e localização dos reféns".
Por sua vez, as famílias estão reunidas em um "fórum para famílias de reféns e desaparecidos", mobilizado com recursos próprios.
Nesta segunda-feira, Israel nomeou Gal Hirsch, um general atolado em um caso de corrupção, como coordenador para resolver a crise dos reféns. Sua nomeação foi criticada por vários especialistas.
Um negociador do FBI também está presente, já que vários cidadãos americanos estão entre os reféns.
Israel possui uma unidade de elite de inteligência de seu Exército que é a mais adequada para intervir neste tipo de cenário: a Sayeret Matkal. Entre outras coisas, é responsável pelo resgate de reféns fora das fronteiras.
A principal dificuldade permanece em meio ao caos dos bombardeios para localizar esses reféns, sabendo que o Hamas é conhecido por operar sob um sistema de células muito descentralizadas.
No momento, nenhum canal oficial foi divulgado.
Além da possível mediação do Egito, histórico negociador entre Israel e o Hamas, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmam que dialogam com o movimento islamita palestino.
"Como intermediários neutros, estamos prontos para realizar visitas humanitárias, para facilitar a comunicação entre os reféns e suas famílias e qualquer possível libertação", declarou o diretor regional do CICV para o Oriente Médio.