GUERRA EM ISRAEL

Hamas anuncia libertação de mais duas reféns

O porta-voz do braço militar do Hamas, Abu Obeida, afirmou que as duas reféns foram libertadas "por razões humanitárias urgentes"

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AFP

Publicado em 23/10/2023 às 18:20 | Atualizado em 23/10/2023 às 21:50
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O movimento islamista palestino Hamas anunciou nesta segunda-feira (23) que libertou duas mulheres sequestradas durante seu ataque em território israelense no último dia 7, que estavam retidas na Faixa de Gaza, território sob seu controle.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, identificou as libertadas como Yocheved Lifschitz, de 85 anos, e Nourit Kuper, de 79, ambas de nacionalidade israelense e originárias do kibutz Nir Oz, onde foram sequestradas juntamente com os maridos, que ainda são mantidos reféns.

"Depois de terem sido devolvidas às forças israelenses, dirigem-se atualmente para um centro médico em Israel especialmente preparado para acolhê-las", afirmou, em um comunicado, o gabinete de Netanyahu, que agradeceu ao Egito e à Cruz Vermelha por sua contribuição para a libertação.

"Embora me faltem palavras para expressar meu alívio por saber que estão a salvo, continuo concentrada na libertação do meu pai e das 200 pessoas inocentes, ainda retidas em Gaza", disse, em nota, a filha de Yocheved, Sharone Lifschitz, de nacionalidade britânica.

RAZÕES HUMANITÁRIAS

O porta-voz do braço militar do Hamas, Abu Obeida, afirmou que as duas reféns foram libertadas "por razões humanitárias urgentes", graças à mediação do Catar e do Egito. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que facilitou a libertação das reféns.

Três dias antes, tinham sido libertadas duas americanas, Judith Raanan e sua filha, Natalie.

Imagens exibidas pela emissora egípcia mostram as duas novas libertadas em ambulâncias, assim que chegaram à passagem de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Em um vídeo difundido pelo braço militar do Hamas, as duas mulheres aparecem acompanhadas de membros do movimento, encapuzados e armados, servindo-lhes comida e bebida antes de entregá-las ao pessoal da Cruz Vermelha.

ACORDO PARA LIBERTAÇÃO

O movimento islamista acusou Israel de ter violado "em oito ocasiões os acordos sobre a operação de libertação que haviam sido fechados com os mediadores para que a mesma ocorresse com sucesso".

Segundo autoridades israelenses, mais de 220 cidadãos de Israel, estrangeiros e com dupla nacionalidade foram levados à força para o território palestino por combatentes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro, que desencadeou uma guerra na qual Israel tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza para "aniquilar" o movimento islamista.

Na noite desta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu a libertação de todos os reféns do Hamas para poder discutir um cessar-fogo entre Israel e o grupo islamista.

Segundo Israel, cerca de 1.400 pessoas morreram nos ataques do Hamas, a maioria civis e no primeiro dia. O movimento palestino estima em mais de 5.000 os mortos nos bombardeios a Gaza.

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