PAZ

Cerca de 300.000 pessoas participam de marcha pró-palestina em Londres

Os manifestantes agitaram bandeiras palestinas e cartazes exigindo o "Fim dos bombardeios sobre Gaza" e entoaram palavras de ordem como "Palestina livre" e "Cessar-fogo agora"

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AFP

Publicado em 11/11/2023 às 15:55
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Cerca de 300.000 pessoas marcharam pacificamente em Londres neste sábado (11) para pedir um cessar-fogo em Gaza, sob forte esquema policial devido ao temor de excessos e enfrentamentos com contramanifestantes.

A polícia britânica afirmou que foi "a maior marcha" organizada na capital desde o início da guerra em 7 de outubro, desencadeada pelo violento ataque em território israelense de combatentes do movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Os manifestantes agitaram bandeiras palestinas e cartazes exigindo o "Fim dos bombardeios sobre Gaza" e entoaram palavras de ordem como "Palestina livre" e "Cessar-fogo agora".

Também na França, que abriga uma das maiores comunidades muçulmanas da Europa, milhares de manifestantes que pediam "um cessar-fogo em Gaza" marcharam na capital Paris e centenas em Toulouse, no sul do país.

A marcha em Londres aconteceu mesmo com a oposição do governo, que a considerou "desrespeitosa" por ter sido programada para o fim de semana da comemoração do Armistício da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Contudo, a polícia decidiu autorizá-la e montou um enorme dispositivo de segurança para evitar confusões e enfrentamentos.

Na noite de ontem, o primeiro-ministro Rishi Sunak pediu aos manifestantes que protestassem "pacificamente e com respeito".

"Estou aqui em solidariedade com os palestinos diante da injustiça que está acontecendo. É intolerável", declarou à AFP Gavin Searle, um cineasta de 58 anos de Hastings, no sul de Inglaterra.

"Não podemos ficar de braços cruzados quando matam pessoas", declarou, por sua vez, Shiraz Bobra, de 41 anos, que veio de Leicester (centro) para participar do protesto.

John McGowan, um sacerdote católico que disse ter morado por cinco anos em Jerusalém e que apoia o princípio de uma solução de dois Estados, assinalou que "sofre pelos palestinos porque sua terra está ocupada e os ocupantes podem ser cruéis".

POLICIAMENTO

Cerca de 2.000 policiais foram mobilizados para tentar evitar enfrentamentos com "centenas" de contramanifestantes nacionalistas que também se reuniram na capital, segundo a polícia.

No fim da manhã (horário local), houve enfrentamentos entre a polícia e ativistas nacionalistas, alguns tremulando as bandeiras da Inglaterra (a cruz vermelha de São Jorge sobre fundo branco) e do Reino Unido (Union Jack), que tentavam se aproximar da zona de Whitehall, onde fica o monumento aos soldados britânicos caídos.

No início da tarde, a polícia informou na rede social X (o antigo Twitter) que havia detido 82 destes contramanifestantes "para evitar que se pusesse a paz em perigo", quando eles "tentavam se aproximar da marcha pró-palestina".

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