GUERRA EM ISRAEL

Hamas diz que refém de 10 meses morreu em bombardeio de Israel

Os israelenses acusam grupos terroristas palestinos de adotarem uma "propaganda psicológica cruel"

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com agências, Da Redação

Publicado em 29/11/2023 às 22:28
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O Hamas afirmou nesta quinta-feira (29) que o bebê Kfir Bibas, de 10 meses, sequestrado no dia 7 de outubro, morreu em um bombardeio de Israel em Gaza. A mãe, Shiri, e o irmão Ariel, de 4 anos, também morreram. O grupo não deu informações sobre o pai, Yarden, que também é refém no território palestino. O Exército israelense disse que está verificando a veracidade da informação.

"Os representantes do Exército conversaram com a família Bibas após os relatos recentes e estão com eles neste momento difícil. Estamos avaliando as informações", disse os militares israelenses, em comunicado. "A responsabilidade pela segurança de todos os reféns cabe ao Hamas, que põe em perigo a vida de todos os que foram sequestrados, entre os quais há nove crianças "

CRUELDADE EM MEIO À GUERRA

Os israelenses acusam grupos terroristas palestinos de adotarem uma "propaganda psicológica cruel" ao divulgar notícias - muitas vezes falsas - sobre a morte de reféns. A Jihad Islâmica, aliada do Hamas em Gaza, reportou a morte de Hanna Katzir, de 76 anos. No entanto, ela foi libertada em 24 de novembro, primeiro dia da trégua com Israel.

Pouco depois do ataque do Hamas, surgiu um vídeo de Kfir e Ariel enrolados em um cobertor. As imagens se tornaram um dos símbolos da violência. A mãe aparece com o semblante perturbado e carregando os dois filhos. Quase ao mesmo tempo, homens armados levam o pai com a cabeça ensanguentada para Gaza.

Kfir era a mais nova das quase 30 crianças feitas reféns. Ele passou um quinto de vida nas mãos dos terroristas. Ontem, Daniel Hagari, porta-voz do Exército de Israel, afirmou que a família Bibas não foi raptada diretamente pelo Hamas, mas por outra facção armada de Gaza, embora "a responsabilidade pelo eles recaia sobre o grupo". "O Hamas deve ser responsabilizado", disse.

LIBERTAÇÕES E TRÉGUA

Ontem, o Hamas libertou mais 12 pessoas, a maioria cidadãos de Alemanha, Holanda e EUA. Também foram soltos 4 tailandeses e 2 russas - segundo o grupo, em reconhecimento ao papel do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em defesa da causa palestina. O governo de Israel disse que Hamas ainda mantém 159 pessoas como reféns em Gaza.

O grupo terrorista sinalizou ontem que está disposto a prolongar por mais quatro dias a trégua com Israel e libertar mais reféns em troca de prisioneiros palestinos. O anúncio foi feito por uma pessoa ligada ao Hamas, que falou à Agência France-Presse, em meio a pressão de mediadores internacionais por um cessar-fogo duradouro.

A trégua entre Israel e Hamas entrou ontem no sexto dia. Iniciada na semana passada, e com um prazo inicial de quatro dias, ela foi prorrogada por 48 horas, até a manhã de hoje, para permitir a troca de reféns por 60 prisioneiros palestinos. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, confirmou ontem, em Bruxelas, que trabalha por uma extensão do cessar-fogo.

RETOMADA DOS COMBATES

Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, no entanto, disse ontem que o governo aprovou planos para que os combates na Faixa de Gaza sejam retomados após o fim da trégua, embora não tenha dado detalhes sobre a volta dos bombardeios.

"Estamos nos esforçando para repatriar todos os reféns e garantir a conclusão da atual operação para trazer de volta mulheres e crianças de Gaza", escreveu Gallant no X (antigo Twitter). "Mas as Forças Armadas de Israel, no ar, em terra e no mar, estão prontas para retomar imediatamente o combate." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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