Exército de Israel apresenta plano para 'evacuação' de civis na Faixa de Gaza
Este anúncio ocorre antes de uma aguardada ofensiva israelense em Rafah
O exército israelense apresentou um plano de "evacuação" da população civil das "zonas de combate" na Faixa de Gaza, anunciou, nesta segunda-feira (noite de domingo, 25, no Brasil), o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Este anúncio ocorre antes de uma aguardada ofensiva israelense em Rafah, cidade superpovoada do sul do território palestino, apresentada por Netanyahu como "o último reduto" do movimento islamista palestino Hamas.
Israel prometeu lançar uma ofensiva terrestre na superpovoada cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, apesar das negociações em andamento para se alcançar uma nova trégua na guerra contra o Hamas.
Doha sedia uma nova rodada de negociações para um cessar-fogo, com a presença de autoridades de Egito, Catar, Estados Unidos e Israel, além de representantes do movimento islamista palestino Hamas, informou um canal de televisão egípcio.
No entanto, uma possível ofensiva contra a cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, seria apenas "adiada" caso um acordo de cessar-fogo fosse alcançado, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma entrevista à emissora americana CBS.
CONFRONTOS NAS RUAS
A polícia israelense entrou em confronto com manifestantes que pediam por eleições antecipadas e pela libertação dos reféns capturados em outubro, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Foram utilizados cassetetes e canhões de água para dispersar os protestos que, segundo a polícia, bloqueavam uma rua principal em Tel Aviv. Pelo menos 21 pessoas foram presas ou levadas para interrogatório, mas todos foram libertados na manhã de domingo, segundo organizadores.
O governo, uma coalizão frágil construída em torno da aliança de Netanyahu com partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, ainda tem cerca de três anos no poder antes de ser obrigado a convocar uma eleição.
MANDATO DE NETANYAHU
Analistas políticos estão divididos sobre se o governo pode resistir à pressão para convocar uma votação antecipada, mas Netanyahu disse que falar de eleições enquanto Israel ainda está lutando contra o Hamas prejudica a guerra, e que espera cumprir seu mandato completo.
Antes do ataque do Hamas, que matou cerca de 1,2 mil pessoas e provocou a invasão de Gaza pelos israelenses, Israel tinha sido consumido por um longo período de turbulência.
Por meses, centenas de milhares de manifestantes foram às ruas em todo o país para protestar contra o plano de Netanyahu de reformar o sistema judicial, temendo que isso minasse o caráter democrático do país ao diluir um dos poucos controles sobre o poder do governo. Esses protestos em massa desapareceram após o ataque do Hamas, substituídos por manifestações menores.