Tiro de raspão causou ferida de 2 cm em orelha de Trump, diz ex-médico da Casa Branca

Por conta do tiro de raspão, Trump foi submetido a uma tomografia computadorizada da cabeça, enquanto era tratado da ferida por médicos na Pensilvânia

Publicado em 20/07/2024 às 19:11

O tiro de raspão que atingiu Donald Trump na semana passada durante um comício da campanha presidencial nos Estados Unidos, lhe causou uma ferida de 2 centímetros na orelha direita, que já está cicatrizando, informou, em nota, seu ex-médico na Casa Branca, Ronny Jackson.

O boletim de Jackson, atual legislador de direita pelo Texas, é um dos primeiros relatos sobre o ferimento sofrido pelo ex-presidente republicano (2017-2021) na semana passada, quando um jovem armado abriu fogo em um comício na Pensilvânia, matando um pedestre e ferindo outros dois.

"A bala passou, chegando a um quarto de polegada (0,6 cm) de entrar em sua cabeça, e impactou a parte superior de sua orelha direita", escreveu Jackson, que disse ter voado para Nova Jersey para ver Trump na última hora da tarde após o comício e que vem tratando dele desde então.

"A trajetória da bala produziu uma ferida de 2 cm de largura, que se estendeu até a superfície cartilaginosa da orelha. A princípio, ocorreu uma hemorragia importante, seguida de um inchaço pronunciado em toda a parte superior da orelha", prosseguiu.

A inflamação diminuiu desde então e a ferida está começando "a cicatrizar corretamente", escreveu na nota, publicada por Trump em sua rede, Truth Social.

Ainda há um pouco de sangramento que requer um curativo, mas "dada a naturaleza ampla e contundente da ferida em si, não são necessárias suturas", escreveu Jackson.

Trump também se submeteu a uma tomografia computadorizada da cabeça enquanto era tratado da ferida pelos médicos no hospital de Butler, Pensilvânia, disse.

Ele "será submetido a mais avaliações, inclusive um exame auditivo exaustivo, segundo necessário", completou o médico.

Jackson, que deixou a Marinha como contra-almirante no ano passado, foi nomeado pela primeira vez na unidade médica da Casa Branca sob o mandato do ex-presidente George W. Bush (2001-2009) e depois se tornou o médico presidencial em 2013, durante o governo de Barack Obama (2009-2017).

Mas ganhou fama nacional depois de elogiar efusivamente a saúde e os "grandes genes" de Trump em 2018, sugerindo que "se tivesse tido uma dieta mais saudável nos últimos 20 anos, poderia viver até os 200" anos.

Pouco tempo depois, Trump o nomeou para chefiar o Departamento de Assuntos de Veteranos, mas Jackson retirou seu nome de consideração após ser alvo de acusações de ter distribuído medicamentos indevidamente e de que às vezes se embebedava no trabalho.

 

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