‘Cápsula da morte’: suícidio assistido na Suíça leva à prisão de várias pessoas

A cápsula foi instalada numa floresta suíça e gerou polêmica e a prisão de quatro pessoas no País, que permite por lei a eutanásia

Publicado em 26/09/2024 às 14:10

Um grupo foi preso na Suíça, no cantão de Schaffhausen, fronteira com a Alemanha, após uma cápsula de aparência futurista ser utilizada para suicídio assistido pela primeira vez.

A promotoria local não confirmou a quantidade de presos, mas um porta-voz do grupo The Last Resort, responsável pela cápsula, divulgou que quatro pessoas foram detidas: o copresidente do grupo Florian Willet, um jornalista holandês e dois suíços.

Segundo o grupo, a falecida era uma americana de 64 anos que sofria de um sistema imunológico gravemente comprometido.

A cápsula ‘da morte’

A cápsula, chamada de “Sarco”, foi desenvolvida pelo médico suíço Philip Nitschke, famoso por seus trabalhos em eutanásia desde a década de 1990. O “Sarco” foi instalado no município de Merishausen na segunda-feira.

Com aparência futurista, a cápsula provoca a morte do ocupante ao liberar gás nitrogênio em seu interior, diminuindo a quantidade de oxigênio e causando a morte.

Apesar da eutanásia ser legalizada na Suíça, a promotoria declarou a prisão das quatro pessoas por “induzir, auxiliar e instigar suicídio”. Elisabeth Baume-Schneider, ministra da saúde na Suíça, declarou que a cápsula, ao utilizar nitrogênio, não satisfaz os níveis de segurança exigidos pela lei do país.

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