Eleições 2024 nos EUA: Opiniões divididas nos estados decisivos

Eleitores dos estados-pêndulo revelam suas preferências entre Donald Trump e Kamala Harris, americanos se preparam para uma disputa imprevisível

Publicado em 04/10/2024 às 13:50

As eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos prometem ser uma das mais intensas dos últimos anos.

Com uma corrida acirrada entre Donald Trump, ex-presidente e candidato republicano, e Kamala Harris, atual vice-presidente e candidata democrata, de acordo com o comportamento atual, o resultado será decidido pelos deputados em estados-chave.

Esses estados-pêndulo, conhecidos por sua influência em eleições competitivas, podem determinar quem ocupará a Casa Branca.

A batalha pelos estados-pêndulo

Os estados-pêndulo não têm uma preferência partidária clara, o que faz com que seus deputados frequentemente se equilibrem entre republicanos e democratas.

Em 2024, sete estados estão no centro das atenções: Michigan, Wisconsin, Nevada, Arizona, Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte.

A disputa acirrada nesses estados significa que até uma pequena margem de votos pode ser suficiente para mudar o resultado final da eleição.

Arizona

No Arizona, um estado do oeste dos EUA, o fazendeiro John Ladd, de 69 anos, está decidido a votar em Donald Trump.

Segundo ele, o fluxo de migrantes na fronteira com o México aumentou desde que Joe Biden assumiu a presidência, o que preocupa o eleitor.

"Desde que Biden se tornou presidente, (esta situação) ocorre todos os dias, a qualquer hora", acrescenta à AFP, garantindo que há" cerca de trinta" prisões diárias na sua propriedade.

A situação econômica também é um dos fatores que motivam seu apoio ao candidato republicano.

Wisconsin

Em Milwaukee, Wisconsin, Martin Kutzler, de 60 anos, também está confirmado de seu voto em Trump.

O "eleitor republicano por toda sua vida" menciona o aumento da criminalidade nas grandes cidades como uma das principais razões para seu apoio ao ex-presidente.

"Vejo que a criminalidade aumentou", afirma, referindo-se aos "vidros quebrados na rua" resultantes de "furtos e vandalismo de automóveis", relata.

Para Kutzler, as promessas de Trump de combater o crime são essenciais para garantir a segurança e a estabilidade em áreas urbanas.

Geórgia

Tricia Harris, 47 anos, moradora de Atlanta, na Geórgia, tem uma opinião oposta. Ela está empolgada com a possibilidade de eleger Kamala Harris, a primeira mulher presidente dos Estados Unidos.

"Uma primeira mulher presidente seria extraordinário", afirma Tricia, que trabalha para preservar a memória de Martin Luther King.

Ela também expressou preocupações com o aumento do racismo e da hostilidade, que teme que ressurja com uma possível vitória de Trump.

Pensilvânia

Michael Cooperman, da Filadélfia, Pensilvânia, é claro em sua exclusão a Donald Trump. Ele considera o ex-presidente um líder “segregador, caótico e corrupto”.

Cooperman, que ensina inglês para imigrantes, está demonstrando que Kamala Harris é a melhor escolha, elogiando sua inteligência e perspicácia.

No entanto, ele tem dúvidas sobre a postura da candidatura em relação à política externa, particularmente em relação ao Oriente Médio, uma questão importante para ele como "judeu e bastante pró-Israel".

Michigan

Soujoud Hamade, 32 anos, de Michigan, tem outra perspectiva. Apesar de ter apoiado os democratas no passado, ele critica Kamala Harris por seu apoio a Israel, especialmente diante da crise em Gaza.

Hamade afirma que não votará nos democratas pela primeira vez e diz que Kamala "não fez nenhuma declaração para condenar os atos horríveis que Israel cometeu", afirma o advogado árabe-americano.

Renovação do congresso

Além da disputa presidencial, as eleições de 5 de novembro também renovarão o Congresso dos Estados Unidos. Serão eleitos 34 senadores e todos os 435 membros da Câmara dos Representantes.

No Senado, os democratas mantêm uma leve maioria, que os republicanos esperam reverter. Já na Câmara, os republicanos atualmente têm maioria, mas o equilíbrio pode mudar, influenciando diretamente o futuro da presidência e das políticas públicas do país.

O colégio eleitoral

Nos Estados Unidos, a eleição presidencial não é decidida diretamente pelo voto popular, mas pelo Colégio Eleitoral, um sistema que distribui votos eleitorais entre os estados com base em sua população.

São 538 delegados no total, e o candidato que conquista pelo menos 270 votos assegura a presidência.
Estados mais populosos como a Califórnia têm um peso maior, com 54 votos, enquanto estados menores como Vermont têm apenas três votos eleitorais.

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