Netanyahu promete a israelenses alcançar objetivos da guerra contra o Hamas em Gaza
"O 7 de outubro simbolizará para as gerações [futuras] o preço do nosso renascimento e demonstrará nossa determinação e a força", disse Netanyahu
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu aos israelenses, nesta segunda-feira (7), que vai atingir os objetivos estabelecidos por seu governo na guerra contra o Hamas em Gaza, em uma mensagem transmitida pela televisão durante o primeiro aniversário do ataque de 7 de outubro.
"Definimos os objetivos da guerra e estamos a caminho de alcançá-los: derrubar o Hamas [em Gaza], trazer para casa todos os reféns, tanto os vivos quanto os mortos. Trata-se de uma missão sagrada e não vamos parar até cumpri-la", declarou Netanyahu.
"MISSÃO SAGRADA"
Como parte desta "missão sagrada", o primeiro-ministro citou outros dois objetivos de guerra estabelecidos por seu governo: "eliminar qualquer ameaça futura contra Israel a partir da Faixa de Gaza" e "trazer os habitantes do sul e do norte [do país] de volta para suas casas em condições de segurança".
"Continuaremos lutando", repetiu. "Não abandonarei", ressaltou em seguida, referindo-se aos reféns que continuam em cativeiro no território palestino. "Continuaremos lutando e juntos venceremos", acrescentou.
"O 7 de outubro simbolizará para as gerações [futuras] o preço do nosso renascimento e demonstrará nossa determinação e a força do nosso espírito", disse.
O ataque de 7 de outubro de 2023 resultou na morte de 1.206 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo um levantamento da AFP baseado em números oficiais israelenses, que inclui os mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 97 ainda estão retidas em Gaza, incluindo 34 que foram declaradas mortas pelo Exército israelense.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que já matou mais de 41.900 palestinos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, os quais a ONU considera confiáveis.
PÉSSIMA LEMBRANÇA
Israel relembrou, nesta segunda-feira (7), o ataque mais mortal de sua história recente em seu primeiro aniversário, e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, prometeu que as guerras que lidera contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano impedirão outro 7 de outubro de 2023.
As brigadas Ezedin al-Qassam, braço armado do movimento islamista palestino, declararam que querem travar uma "longa batalha de desgaste" contra Israel, um ano após o ataque letal que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
Enquanto Israel se reunia em torno das famílias enlutadas e dos parentes dos reféns mantidos em Gaza, o Hamas reivindicou disparos de foguetes a partir do território palestino.
O movimento libanês Hezbollah, aliado do grupo palestino, também disparou 135 projéteis contra Israel, de acordo com o exército israelense, que também afirmou ter interceptado um míssil vindo do Iêmen.
Por sua vez, o corpo armado lançou dezenas de bombardeios contra o sul de Gaza e contra o Hezbollah no Líbano, onde o movimento xiita, apoiado pelo Irã, declarou que Israel deveria ser "eliminado".
Em Israel, uma multidão emocionada deu início às cerimônias de memória em Reim, local do festival de música Nova, onde pelo menos 370 pessoas morreram em 7 de outubro, com um minuto de silêncio.