Líderes mundiais felicitam Trump por sua vitória eleitoral nos EUA

Líderes de todo o mundo felicitaram Donald Trump nesta quarta-feira (6) pela sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos

Publicado em 06/11/2024 às 12:43

Líderes de todo o mundo felicitaram Donald Trump nesta quarta-feira (6) pela sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos contra a democrata Kamala Harris.

As saudações vão desde celebrações efusivas até mensagens formais expressando bons desejos de trabalhar em conjunto com o futuro governo Trump.

Representantes de países em conflito

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que demonstrou conforto nos últimos anos com o presidente democrata Joe Biden, disse esperar que o retorno de Trump à Casa Branca traga uma "paz justa" para a Ucrânia, invadida pela Rússia desde fevereiro de 2022.

Por outro lado, o presidente russo, Vladimir Putin, que foi muito próximo de Trump no seu primeiro governo, evitou se pronunciar sobre o resultado.

O Kremlin indicou que Putin não pretende felicitar Trump e que julgará a sua presidência "pelas suas ações".

Trump repetiu em inúmeras ocasiões que é capaz de impor a paz na Ucrânia "dentro de 24 horas", mas nunca explicou como o faria. Ele também criticou o enorme apoio militar e financeiro fornecido pelo governo Biden para enfrentar a invasão russa.

Uma das saudações mais efusivas foi enviada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que afirmou que Trump conseguiu o "maior retorno da história".

"O seu retorno histórico à Casa Branca fornece aos Estados Unidos um novo começo e um compromisso poderoso com esta grande aliança entre Israel e os Estados Unidos", disse Netanyahu em um comunicado.

Os Estados Unidos apoiaram os esforços de mediação na guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza, juntamente com Catar e Egito, cujos líderes também saudaram a vitória de Trump.

O emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani, o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, e o rei jordaniano Abdullah II manifestaram a esperança de continuar trabalhando com o futuro presidente para a paz no Oriente Médio.

O monarca saudita Salman e o seu filho, o príncipe herdeiro e governante de fato Mohamed bin Salman, felicitaram Trump e enfatizaram o fortalecimento da relação bilateral.

O Hamas disse que julgará o próximo presidente americano com base nas "suas posições e comportamento em relação ao povo palestino", enquanto o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, instou Trump a apoiar "as aspirações legítimas" do seu povo, que aguarda a criação do seu próprio Estado.

 No Brasil

"A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na rede X, ao felicitar Trump.

"O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade", disse Lula, que também desejou "sorte e sucesso" ao republicano Trump em seu futuro governo.

O presidente argentino, Javier Milei, saudou a "formidável vitória eleitoral" de Trump em uma mensagem em inglês na qual lhe desejou "sucesso e bênçãos".

Quem mais congratulou?

"Ele sabe que pode contar com a Argentina para cumprir sua tarefa", escreveu Milei em sua conta na rede X.

O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, juntou-se às felicitações e prometeu trabalhar com o próximo governo Trump "para continuar fortalecendo a relação entre os nossos países, para o benefício do nosso povo".

"Que Deus o abençoe e o guie", disse o presidente salvadorenho Nayib Bukele.

Os líderes europeus, incluindo alguns que tiveram relações complexas com Trump no seu primeiro mandato, expressaram o desejo de trabalhar com ele em uma agenda comum.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse estar ansiosa para trabalhar com Trump em uma "agenda transatlântica forte".

No seu primeiro governo, Trump distanciou-se dos seus aliados europeus devido aos seus questionamentos sobre a Otan e à sua retirada do Acordo de Paris sobre o aquecimento global.

Ainda assim, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que "trabalharemos nas nossas relações estratégicas bilaterais e em uma forte parceria transatlântica".

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou estar disposto a trabalhar com Trump "com respeito e ambição".

Macron discutiu a eleição de Trump com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que se comprometeu a trabalhar com o futuro líder americano pela "prosperidade e liberdade".

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, referiu-se aos Estados Unidos como "nossos aliados mais próximos" e antecipou que a "relação especial (...) continuará a prosperar" sob o futuro governo.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou que o retorno de Trump à Casa Branca ajudará a Aliança a permanecer "forte".

O presidente turco felicitou seu "amigo Donald Trump".

A China, que foi alvo de duras críticas de Trump durante seu governo, disse esperar uma "coexistência pacífica" com Washington, segundo uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Pequim.

Mais efusivo, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, insistiu em trabalhar pela "estabilidade regional" em uma área abalada pelo desejo de Pequim de um dia recuperar o que considera uma ilha rebelde.

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, espera que, com Trump na Casa Branca, a aliança entre os dois países alcance "novos patamares".

Por sua vez, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, desejou que a aliança entre os dois países "brilhe ainda mais forte".

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