Trump diz que Elon Musk chefiará departamento de "eficiência governamental" dos EUA
O republicano, que volta à Presidência após a vitória eleitoral na semana passada, avança a passos firmes para nomear colaboradores no governo
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (12) que o CEO da Tesla e da SpaceX, o bilionário Elon Musk, irá chefiar o chamado "Departamento de Eficiência Governamental" ao lado do empresário americano Vivek Ramaswamy.
"Juntos, esses dois americanos extraordinários abrirão o caminho para que minha administração desmonte a burocracia governamental, elimine regulamentações excessivas, corte gastos desnecessários e reestruture agências federais — essenciais para o Movimento 'Salvar a América'", declarou Trump em um comunicado.
Outros nomes também foram confirmados por Trump, como Kristi Noem, para chefe de Segurança Interna dos EUA; e a intenção de nomear Pete Hegseth, veterano do Exército dos Estados Unidos e atual apresentador da Fox News, como secretário de Defesa. "Com Pete no comando, os inimigos dos Estados Unidos estão avisados: nosso Exército será grandioso novamente, e os Estados Unidos jamais recuarão", disse Trump.
O republicano, que volta à Presidência após a vitória eleitoral na semana passada, avança a passos firmes para nomear colaboradores para postos-chave.
Após ter designado três de seus 'tenentes' para a ONU, Meio Ambiente e Imigração, o presidente eleito anunciou a nomeação do congressista republicano Mike Waltz, ex-oficial das Forças Especiais, para o cargo de assessor de Segurança Nacional da Casa Branca.
GUERRAS
Trump, que prometeu acabar com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, sem nunca explicar como, descreveu Waltz como "um especialista nas ameaças representadas por China, Rússia, Irã e o terrorismo global".
Em 2023, Waltz apresentou um projeto de lei que pedia autorizar o uso do exército contra os cartéis de drogas mexicanos, que ele acusa de tráfico de fentanil, um opioide sintético que causa estragos nos Estados Unidos.
Segundo a imprensa local, Trump escolherá o influente senador latino Marco Rubio como chefe da diplomacia.
Defensor de uma linha muito dura contra China e Irã, esse senador de 53 anos copresidiu até agora a comissão de inteligência no Senado.
Trump e Rubio, porém, nem sempre se deram bem. O legislador de origem cubana enfrentou o bilionário nas primárias republicanas de 2016 e, durante a campanha, zombou abertamente de Trump. Mas os dois homens não guardam rancor.
Se confirmada a nomeação, isso pode causar arrepios em Kiev. Rubio afirmou no início de novembro que é preciso "terminar" a guerra na Ucrânia, pois ela chegou a um "ponto morto".
Em um comunicado, Trump informou que escolheu o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee para ser o futuro embaixador dos Estados Unidos em Israel. Segundo o presidente eleito, Huckabee "ama Israel e o povo de Israel, e, da mesma maneira, o povo de Israel o ama".
AGENDA DE TRUMP
Donald Trump estará em Washington nesta quarta-feira para se reunir com o presidente Biden - seu sucessor e futuro antecessor -, que prometeu uma transição "pacífica e ordenada" do poder após a derrota eleitoral da vice-presidente Kamala Harris.
O magnata de 78 anos, que tomará posse em 20 de janeiro, também se reunirá com congressistas republicanos.
O 47º presidente dos EUA deve gozar de plenos poderes em Washington, já que seu partido conquistou a maioria no Senado e deverá manter o controle da Câmara dos Representantes, segundo um cálculo eleitoral ainda em andamento.
"É uma manhã magnífica em Washington, é um novo dia para os Estados Unidos", comemorou o republicano Mike Johnson, que deverá, salvo grande surpresa, continuar presidindo a Câmara Baixa do Congresso.
A liderança no Senado será decidida por uma eleição interna entre os republicanos. O homem mais rico do planeta, Elon Musk, que desempenhou um papel inédito na campanha de Trump, aposta em Rick Scott, senador pela Flórida.