Sarcófago do Império Médio do Egito é descoberto em Luxor

O sarcófago descoberto foi reenterrado, seguindo o mesmo procedimento adotado para os cinco sarcófagos achados em Luxor em 2018 e 2019

Publicado em 29/12/2024 às 13:15
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Pesquisadores franceses desenterraram um sarcófago da era do Império Médio em Luxor, no Egito, durante uma missão arqueológica que encerrou em dezembro. A descoberta, parte de investigações iniciadas após achados similares em 2018 e 2019, foi confirmada por Frédéric Colin, diretor do Instituto de Egiptologia da Universidade de Estrasburgo.

Segundo Colin, em entrevista à AFP, o achado, realizado em 16 de dezembro, é "notável" e representa um marco importante para o estudo do período."Esclarece uma importante questão antropológica: como os habitantes do Antigo Egito se comportaram com os corpos mumificados e os túmulos de seus ancestrais quando descobriram sarcófagos antigos e tiveram que movê-los devido a grandes reformas públicas", explicou Colin à AFP.

O sarcófago descoberto foi enterrado novamente, assim como os cinco sarcófagos descobertos em Luxor em 2018 e 2019. Esta missão arqueológica mais recente foi organizada para "compreender melhor a natureza e o significado das descobertas de 2018 e 2019", disse Colin.

As equipes tentavam descobrir "se estes cinco sarcófagos constituíam um túmulo isolado ou faziam parte de um conjunto maior e mais sistemático de exumações", acrescentou.

Três escavações foram realizadas

Acrescentou que durante seis meses foram estudadas várias camadas de terra com mais de oito metros, estratificadas e acumuladas ao longo de mais de 3.000 anos e realizadas "três escavações arqueológicas".

"E o início da resposta (às nossas perguntas) surge no último dia da terceira campanha de escavação", quando o sarcófago foi descoberto, observou.

Os pesquisadores apenas "tocaram a camada (de terra) em que o sarcófago estava localizado. A escavação continuará quando a próxima campanha começar, em outubro de 2025", disse Colin.

O sarcófago, da era do Império Médio (final do século XXI e século XVIII a.C), foi "preservado em um baú de madeira feito sob medida".

O seu conteúdo será estudado em 2025 "em colaboração com arqueoantropólogos (arqueólogos especializados na escavação de corpos humanos), modelando todas as etapas da pesquisa em 3D, como a equipe tem feito desde 2018".

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