Macron lança plano de "garantias de segurança" para Ucrânia com chefes militares de aliados

Segundo a presidência francesa, os participantes do encontro em Paris "concordaram que as garantias de segurança devem ser credíveis e a longo prazo"

Publicado em 11/03/2025 às 19:48
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O presidente francês, Emmanuel Macron, instou nesta terça-feira (11) os chefes militares de cerca de trinta países reunidos em Paris a elaborar "um plano para definir garantias de segurança credíveis" para a Ucrânia, caso seja alcançado um acordo de paz com a Rússia, anunciou o Palácio do Eliseu.

"Diante da aceleração das negociações de paz", Macron "precisou que é necessário 'passar do conceito ao plano' para definir garantias de segurança credíveis, para que seja possível uma paz sólida e duradoura na Ucrânia", informou a Presidência francesa, após várias cúpulas organizadas recentemente pela França e pelo Reino Unido.

O chefe de Estado também declarou que é preciso "assumir coletivamente nossas responsabilidades porque este é o momento em que a Europa deve colocar todo o seu peso, pela Ucrânia e por ela mesma".

Macron convidou os chefes de Estado-Maior dos países dispostos a contribuir de um modo ou outro para fornecer essas garantias.

No total, 34 países estiveram representados, a maioria deles pertencentes à União Europeia e/ou à Otan, incluindo o Reino Unido e a Turquia, mas também alguns que não fazem parte de nenhuma dessas duas organizações, como Austrália, Nova Zelândia e Japão.

Também estiveram presentes representantes da Aliança Atlântica e da União Europeia, assim como um emissário da Ucrânia.

A reunião, que foi fechada ao público, ocorreu ao mesmo tempo em que se realizavam as conversações entre delegados dos Estados Unidos e da Ucrânia na Arábia Saudita, que marcaram uma clara aceleração das negociações com a Rússia para pôr fim à guerra, três anos após a invasão russa à Ucrânia.

De acordo com a presidência francesa, os participantes do encontro em Paris "concordaram que essas garantias de segurança devem ser credíveis e a longo prazo, e devem ser acompanhadas de um apoio inabalável ao exército ucraniano".

Também indicaram que as garantias de segurança "não devem ser dissociadas da Otan e de suas capacidades", em um momento em que muitos países parecem dispostos a se comprometer apenas com a garantia de uma "rede de segurança" por parte dos Estados Unidos, o principal país da Aliança Atlântica.

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