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Israel interrompe trégua em Gaza e realiza ataque que deixa mais de 330 mortos

Estes bombardeios são considerados os mais intensos desde que o cessar-fogo entre Israel e a Palestina foi firmado, em 19 de janeiro

Publicado em 18/03/2025 às 9:49 | Atualizado em 18/03/2025 às 9:58
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Os ataques israelenses mais intensos contra Gaza desde a entrada em vigor de um cessar-fogo com o Hamas em 19 de janeiro deixaram mais de 330 mortos nesta terça-feira (18), incluindo crianças, informou o Ministério da Saúde do território palestino.

O ministério atualizou o balanço anterior de mais de 200 óbitos e afirmou que cerca de 330 pessoas morreram nos ataques israelenses contra o território palestino governado pelo Hamas, um nível de violência sem precedentes desde o início da trégua.

"O Ministério da Saúde registrou mais de 330 mortos, a maioria crianças e mulheres palestinas, e centenas de feridos, dezenas deles em estado crítico", disse à AFP o titular do ministério, Mohamed Zaqut.

Após a noite de intensos bombardeios, o Exército israelense ordenou que os moradores de Gaza abandonem as zonas fronteiriças.

Omar Al-Qattaa / AFP
Mulheres sentam-se diante de corpos envoltos em mantos de vítimas mortas no bombardeio israelense, no hospital Ahli Arab, também conhecido como hospital Batista, na Cidade de Gaza em 18 de março de 2025 - Omar Al-Qattaa / AFP

A ordem de evacuação está em vigor "especialmente" para as áreas de Beit Hanoun, no norte da Faixa, Khirbet Khuzaa, Abasan al Kabira e Abasan al Jadida, no sul, que são "zonas de combate perigosas", anunciou na rede social X o porta-voz em idioma árabe do Exército, Avichay Adraee.

Ele também afirmou que os habitantes de Gaza devem seguir "para os abrigos no oeste da cidade de Gaza e na cidade de Khan Yunis".

O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, afirmou que o país continuará combatendo na Faixa de Gaza "até que todos os reféns tenham retornado".

"Não vamos parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos", afirmou Katz em um comunicado. Entre as metas do governo israelense estão, além do retorno dos sequestrados (vivos e mortos), a destruição do Hamas como força militar ou política na Faixa de Gaza.

Após os bombardeios, o Hamas afirmou que "trabalha com os mediadores" internacionais para "frear a agressão de Israel".

O Hamas "aceitou o acordo de cessar-fogo e o aplicou completamente, mas a ocupação israelense renegou seus compromissos (...) ao retomar a agressão e a guerra", afirmou uma fonte do movimento islamista.

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