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Mais agitado que siri na lata

Fazemos parte de um segmento com dinâmica ímpar. Inquieto por natureza. "Tudo muda, o tempo todo…", como bem canta Lulu Santos em "Como uma onda no mar".

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QUEIROZ FILHO

Publicado em 15/02/2022 às 12:12 | Atualizado em 15/02/2022 às 12:14
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Quem pesca siri sabe bem o que acontece quando ele é colocado em uma lata. O bicho fica agitado e se revira para tudo que é lado. “Estar mais agitado que siri na lata” é uma expressão muito usada no Nordeste para quem não consegue ficar quieto com alguma situação ou alguns lugares-comuns.

O nosso setor age da mesma maneira. Publicitário é como siri na lata, não consegue permanecer parado e está sempre procurando uma saída. Ainda mais quando o mundo – e a forma com que se faz publicidade – muda tanto. Vale ficar parado, esperando o que pode acontecer? Temos mesmo que agitar o meio?

Fazemos parte de um segmento com dinâmica ímpar. Inquieto por natureza. “Tudo muda, o tempo todo…”, como bem canta Lulu Santos em “Como uma onda no mar”. Os cenários, muitas vezes, não nos permitem afirmar que a tendência de hoje será realidade no futuro (e um futuro não tão longe assim). Mas uma coisa é certa: devemos considerar sempre o consumidor como nosso principal protagonista, pois é a ele que queremos alcançar e envolver. Esse é o nosso grande e eterno desafio. Criar conexão entre marcas e pessoas. E, mais do que nunca, entender que agora esse público não é só “alvo”. Ele é fala.

Se no passado as marcas falavam e os consumidores só ouviam, hoje, principalmente em razão das redes sociais, a conversa é outra. A conversa é conversar. E, claro, transformar essa conversa em conversão. Afinal, não adianta nadar, nadar e morrer na praia. Então, para garantir o peixe de cada dia, os profissionais que estão vivendo esse movimento devem estar atentos a tudo, procurando e criando novos caminhos. Devem se provocar e se mexer mais que siris, dentro e fora da lata.

Queiroz Filho, publicitário

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