COLETIVIDADE

Assumir a responsabilidade coletiva no presente é fundamental para garantir um futuro

Vivemos em uma mentalidade onde o egocentrismo impera, onde quanto mais se cresce e se acumula, melhor

PEDRO IVO MOURA
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PEDRO IVO MOURA
Publicado em 06/02/2021 às 2:00
Andrea Rego Barros/PCR
A pandemia nos provocou um olhar com mais sensibilidade para o contexto já instalado - FOTO: Andrea Rego Barros/PCR
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No livro Liderar a partir do futuro que emerge, Otto Scharmer (professor sênior do Massachusetts Institute of Technology - MIT) faz profundas reflexões sobre as desconexões atuais na sociedade. Discorre sobre a consolidação de um "estado de irresponsabilidade organizada, criando coletivamente resultados que ninguém quer". Vivemos em uma mentalidade onde o egocentrismo impera, onde quanto mais se cresce e se acumula, melhor; mesmo que para poucos.

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A pandemia nos provocou um olhar com mais sensibilidade para o contexto já instalado. Quando o modelo do passado já não atende mais, precisamos buscar novos paradigmas olhando para frente, para o futuro que emerge.

Com este espírito, em 2018, a Viana & Moura Construções — uma empresa que constrói casas populares no estado de Pernambuco há 17 anos — decidiu implementar um programa para atender os filhos dos colaboradores no período da Primeira Infância, do zero aos seis anos de idade, no período que é cientificamente comprovado a grande "janela de desenvolvimento" humano. O PIPA - Primeira Infância, Plantar Amor acredita que crianças felizes são protagonistas da evolução da humanidade.

Os esforços estão focados em três pilares: emocional, saúde e nutrição. Dessa forma, elas podem desenvolver todo potencial, impactando não apenas individualmente, mas de forma intergeracional em toda a comunidade.

Agora, é hora de novos passos na jornada. Com olhar para o coletivo, com a percepção mais ecológica de sustentabilidade, no sentido etimológico mais amplo da expressão, é possível expandir o propósito do PIPA, tornando-o um negócio social.

Vivemos um momento crucial onde a humanidade pode tomar novos rumos em mais uma encruzilhada de renascimento. Mas só será possível escalar uma mudança no ritmo necessário se percebermos o papel de cada um nesta caminhada. E a responsabilidade não é apenas dos governos. A habilidade de dar respostas deve ser de todos: terceiro setor, empresas privadas e de cada cidadão.

Vamos juntos plantar amor?

* Pedro Ivo Moura, presidente do Conselho Viana & Moura e Fundador do PIPA

 

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