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A gestão pública na pandemia da covid-19

"Além das agendas que mobilizam governos, a covid-19 provocou novas demandas, acentuou problemas e impôs a tomadores de decisão a necessidade de respostas em tempo exíguo". Leia o artigo de Miguel Coelho

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Miguel Coelho

Publicado em 23/04/2021 às 6:18
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Uma consequência da pandemia em qualquer cidade do mundo foi seu impacto na administração pública. Além das agendas que mobilizam governos, a covid-19 provocou novas demandas, acentuou problemas e impôs a tomadores de decisão a necessidade de respostas em tempo exíguo. Assim, os gestores encontraram em iniciativas intersetoriais saídas para mitigar os efeitos dessa tragédia sanitária não anunciada.

Entre erros e acertos, a escolha por medidas intersetoriais mostrou-se necessária e eficaz. Além de ações na Saúde - como a testagem em massa, a construção e manutenção de hospital de campanha e a contratação de profissionais -, são determinantes intervenções econômicas, sociais, educacionais e atinentes à infraestrutura. Por isso, Petrolina foi apontada como a cidade de menor mortalidade por coronavírus, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, segundo levantamento da revista Exame.

Tão importante quanto a atenção básica de saúde está a melhoria da infraestrutura. A despeito das dificuldades, em 2020 Petrolina alcançou investimento per capita de R$ 246, quase quatro vezes superior ao investimento per capita do Estado de Pernambuco no período.

As decisões na Educação são amparadas por sanitaristas e profissionais que atuam nos mais de duzentos equipamentos da cidade. Assim, conseguimos implantar o Aprendendo em Casa, programa de ensino remoto. E, como a segurança alimentar é fator central para o aprendizado, fornecemos vale alimentação e cestas básicas. Também mantivemos saldo positivo de empregos formais em 2020, de acordo com a pesquisa "Melhores Cidades para Fazer Negócios". Por isso, são centrais medidas econômicas de médio e longo prazos para um ambiente seguro e atrativo a investidores.

A primeira lição foi assimilada. A transversalidade das políticas, a efetiva implantação e a checagem dos resultados são condicionantes para preservar vidas e empregos. Agora, outro desafio se impõe: o pós-pandemia. Por isso, são urgentes medidas que respondam ao possível aumento na procura de serviços públicos e propiciem sua oferta pelos entes subnacionais.

Miguel Coelho, prefeito de Petrolina e secretário-geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)

  *Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

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