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A falta que faz uma liderança na pandemia

Ao fim e ao cabo, vale a ancestral sabedoria árabe: "Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderados por uma ovelha"

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Gustavo Henrique de Brito Alves Freire

Publicado em 13/05/2021 às 6:10
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A crise sem precedentes imposta pela pandemia do coronavírus vem ensinando aos brasileiros, a um preço caríssimo, a falta que fazem líderes vocacionados.

Vozes que sejam capazes de transmitir empatia, solidariedade, mas também coordenar esforços, dialogar em busca de soluções, colocar a própria vaidade em segundo plano, ouvir ideias sem abdicar dos mandamentos da boa governança.

Liderar não é impor, nem execrar a opinião oposta. Não é vangloriar-se. Já começa mal quem pensa diferente.

Liderar é conhecer o caminho, correr ao longo dele e apontá-lo, como certa vez foi dito, com propriedade, por John C. Maxwell.

Liderar não é instilar medo, mas inspirar, ao encorajar. Na Europa sob o jugo do nazismo, sir Winston Churchill foi esse tipo de líder para os britânicos. Na África do Apartheid, Nelson Mandela também.

Nos EUA da época da Guerra Civil, Abraham Lincoln por igual. Em épocas diversas, mulheres visionárias como Margaret Thatcher, Ângela Merkel, Rosa Parks, Madre Teresa de Calcutá, Marie Curie, Maria da Penha, Zilda Arns, Nise da Silveira, Malala Yousafzai, Zuzu Angel, Elzita Santa Cruz, souberam despertar essa chama nas outras pessoas. Isso, minhas senhoras, meus senhores, é liderar.

Na Indústria, como na Política, o líder não apela para o emocional.

Não ilude, nem manipula. Não se investe em salvador da lavoura, nem em herói. Não oferta gato por lebre, nem subestima as dificuldades. Orienta-se pela ousadia de empreender.

Percorre-lhe o espírito a audácia dam esperança, como disse em livro Barack Obama, exemplo de líder moderno.

Ao fim e ao cabo, vale a ancestral sabedoria árabe: "Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderados por uma ovelha".

Liderar, em suma, é isso. O mais dormita na gaveta do realismo fantástico.

Gustavo Henrique de Brito Alves Freire, advogado

 

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