ARTIGO

Conselhos eficazes são formados por profissionais éticos e competentes

"É essencial que tenham experiências e competências que agreguem valor ao propósito da organização". Leia o artigo de Eduardo Carvalho

EDUARDO CARVALHO
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EDUARDO CARVALHO
Publicado em 04/06/2021 às 6:08 | Atualizado em 05/06/2021 às 1:24
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"O líder é o grande agente de mudança e de geração de valor dessas organizações" - FOTO: PIXABAY
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A maioria dos assuntos da sociedade é influenciada por conselhos que existem nos: governo, corporações, associações, fundações, clubes, sindicatos, institutos. É o órgão de maior poder institucional. É constituído por um pequeno grupo que tem o poder de definir políticas e estratégias, aprovar orçamentos, selecionar executivos, entre outras competências que podem decidir o destino de uma organização. O Conselho tem o dever fundamental de zelar pelo cumprimento dos: propósito, missão e valores da organização, preservando-os.

Nesse contexto, os conselheiros da organização devem ser qualificados para exercer as suas funções, com dignidade, orientados por: transparência; responsabilidade social, ambiental e econômica; comprometimento com bons resultados. Manter-se atualizado profissionalmente é essencial para que possa exercer bem a função de líder de líderes. A gestão executiva de organizações exitosas mantém um contínuo processo de qualificação profissional e os conselheiros precisam estar em sintonia.

Conselhos eficazes são formados por profissionais éticos e competentes com visão estratégica e pensamento sistêmico, alinhados com os valores da organização, conhecem bem como a organização funciona e o segmento socioeconômico que ela atua. É essencial que tenham experiências e competências que agreguem valor ao propósito da organização.

O presidente do conselho é o regente da orquestra. Ele é responsável pela construção de um conselho competente. Para isso, precisa cuidar do grupo que pode ser selecionado para a função de conselheiro: os associados nas organizações sem fins de lurco e os acionistas nas corporações. Cabe também ao presidente avaliar o desempenho dos conselheiros, provocando que cada um reflita sobre a sua atuação na instituição: 1) O que fez de relevante desde que é conselheiro 2)Colocou os interesses da entidade acima dos interesses pessoais 3) É qualificado para colaborar com o seu propósito e o seu crescimento sustentável.

Cyril Houle, autor do livro "As Novas Lideranças" alerta que tribunais e entidades públicas estão impondo aos Conselhos e conselheiros penalidades por danos causados à organização. Os motivos para ações são, entre outros: conflitos de interesses, remuneração direta ou indireta em organizações sem fins de lucro, fraudes e falsidades, assédio moral aos gestores e funcionários, uso para interesse próprio da marca e outros direitos de propriedade da instituição.

Lembrar que a organização deve estar acima dos interesses de quaisquer dos seus membros sejam eles conselheiros, gestores e funcionários. Precisa ser bem cuidada.

Eduardo Carvalho, Harvard University Fellow

 *Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

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