ARTIGO

Sonhar, Entregar e Preservar: 10 anos do Cone

A cultura do esquecimento é insuportável e impatriótica; Vive-se um momento em que nunca houve tanta facilidade através da tecnologia para promover a preservação e catalogar registros da nossa história

Imagem do autor
Cadastrado por

JC

Publicado em 18/06/2021 às 12:53
Notícia
X

A cultura do esquecimento é insuportável e impatriótica. Li essa frase num texto do imortal Marcos Vinicius Vilaça que teve muita ressonância no que penso. Vive-se um momento em que nunca houve tanta facilidade através da tecnologia para promover a preservação e catalogar registros da nossa história. Imbuídos nesse espírito, participamos da recuperação de um edifício remanescente da época colonial no Brasil, resgatando um importante representante do ciclo do açúcar e da nossa história, devolvendo-lhe os seus elementos estruturais e plásticos.

Divulgação/Cone
O Cone (Condomínio de Negócios) completou 10 anos em 2020 - Divulgação/Cone

Divulgação/Cone
O Cone (Condomínio de Negócios) completou 10 anos em 2020 - Divulgação/Cone

O Casarão desta foto é um imóvel (século XIX), que pertenceu ao Engenho Guerra de açúcar que existe desde 1580, situado no município de Cabo de Santo Agostinho e se encontrava em estado de ruína em uma das áreas do Cone S/A. Foi feito levantamento documental arquitetônico e fotográfico, mapa de danos e reconstrução.

O Cone (Condomínio de Negócios) completou, no ano passado, 10 anos. Neste período, atraímos mais de 100 empresas de todos os portes, gerando 6.000 empregos e desenvolvimento econômico e social para região de Suape (Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes).

 

Divulgação/Cone
O Cone (Condomínio de Negócios) completou 10 anos em 2020 - Divulgação/Cone

Sendo, assim, um representante do século XXI e de um novo momento que gradualmente vem contribuindo na transição do ciclo do açúcar para a logística, Industria e inovação.

Hoje a face visível do que empreendemos é o Cone. Mas, essa plataforma de infraestrutura logística multimodal e industrial, é uma parte de um plano urbanístico que envolverá habitação de diversas faixas de renda sendo majoritariamente do segmento econômico, empreendimentos comerciais, educacionais, turísticos e de lazer, que deveremos replicar para outras regiões do Brasil próximas a portos, aeroportos e polos de investimentos, a exemplo do Cone Aratu na Bahia.

O termo que o mundo usa para isso é “Place Making“ é a arte e a prática de construir comunidades planejadas. São três grandes dimensões WORK (trabalho), PLAY (comércio, serviços e Lazer e LIVE (moradias, o viver). Começamos pelo (WORK, o Cone), em breve teremos as primeiras habitações (LIVE, Convida) de um total de mais de 20.000 unidades ao redor do maior investimento educacional do Brasil (Campus da UFRPE e IFPE) que terá 17.000 estudantes e diversos projetos que estão sendo desenvolvidos para completar as muitas peças desse tabuleiro de quebra cabeças (o PLAY).

Acredito que Pernambuco é um estado da federação que representa muito bem os diferentes Brasis e suas desigualdades sociais. E pode ser um protótipo para inovações a serem exportadas. Enquanto você sobrevoa a região de Suape, vê a prosperidade, a esperança. E quando aterrissa vê nossas mazelas, a pobreza e um tecido urbano doente. Por isso, outras duas componentes serão fundamentais para articulação desses planos: o impacto social e a inovação a serviço das soluções de problemas sociais complexos, as quais em breve novas iniciativas serão mais divulgadas como a Liga Social que formamos com parceiros nacionais e internacionais chamada IKONE.

Como afirma nesse mesmo texto de Dr. Marcos Vilaça, “cultura é compreender o outro, respeitar o diferente. Diversidade é fator de coesão e não de fragmentação”.

Marcos Roberto Dubeux

*Os artigos são opinião do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

Tags

Autor