ARTIGO

A Copa América e a Eurocopa, os países europeus e os sul-americanos

"É bom, nesta pandemia, abrir a janela, olhar o sol, o céu azul, as árvores e os pássaros, mas é nossa obrigação usar este espaço nobre que o Jornal nos concede para tentar analisar e combater o que acontece de importante e relevante no mundo". Leia a opinião de Arthur Carvalho

Imagem do autor
Cadastrado por

ARTHUR CARVALHO

Publicado em 21/07/2021 às 6:19
Notícia
X

É bom, nesta pandemia, abrir a janela, olhar o sol, o céu azul, as árvores e os pássaros, mas é nossa obrigação usar este espaço nobre que o Jornal nos concede para tentar analisar e combater o que acontece de importante e relevante no mundo.

Tivemos, no esporte, a Copa América e a Eurocopa. A Copa América, considerada por Juca Kfouri uma triste copa, não empolgou ninguém, a não ser os argentinos, que precisavam desse título para ressurgir da lama pastosa do anonimato, voltando a figurar no cenário esportivo mundial, após longo e tenebroso inverno acumulando fracassos e derrotas acachapantes. E o que los hermanos exibiram de novo e salutar no popular esporte bretão? Absolutamente nada. Messi, que a deslumbrada imprensa internacional insiste em chamar de gênio, não pegou na bola e perdeu um gol feito, no fim do jogo. A Argentina fez um gol aos vinte e dois minutos do primeiro tempo - e quando a Argentina faz o primeiro gol, não tem mais futebol, fecham-se na defesa catimbando e distribuindo pontapés até o final, como sempre.

O gol foi uma falha clamorosa de Renan Lodi. O Brasil, conforme eu disse na semana anterior, antes da partida, não tem laterais nem meio de campo. Marinho, nosso melhor jogador, não foi convocado. Gabigol, nosso maior artilheiro, ficou no banco. E Tite continua a proferir longas, acadêmicas e tediosas aulas teóricas sobre futebol. A violência e molecagem reinaram impunemente no torneio. E o ínclito presidente da CBF responde a processo-crime por assédio sexual. Tristes trópicos.

A Eurocopa mostrou a diferença de educação e cultura entre os países europeus e os sul-americanos. Não houve uma entrada desleal durante as partidas. Nenhum jogador botou o dedo na cara do árbitro como Messi fez contra a Colômbia. Nenhum time cercou o juiz reclamando de marcação. Os "professores" não invadiram o campo como os brasileiros. A Itália levantou a taça porque tem mais camisa do que os ingleses. E o coach inglês cometeu um erro primário ao escalar três meninos para cobrar os pênaltis.

Os energúmenos culpam a cor dos batedores pelo fracasso. Mas, se formarmos a seleção brasileira de todos os tempos, só tem lugar para um branco, Nilton Santos, que formaria com Barbosa, Djalma Santos, Domingos da Guia, Fausto e Nilton Santos; Zizinho e Didi; Garrincha, Leônidas, Pelé e Canhoteiro. Técnico: Gentil Cardoso. Massagistas: Johnson e Mário Américo. Teriam lugar ainda Manga, Luís Pereira, Aldair, Romário, Veludo e Edson, zagueiro da Cacareco, Edilson, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho.

Arthur Carvalho, Academia Pernambucana de Letras - APL

 *Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

Tags

Autor