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No processo de comunicação não devemos ter preconceito com o óbvio, que precisa ser dito

"Aposte no que é óbvio, deixe o vocabulário técnico de lado e coloque para jogo temas que, por mais evidentes que sejam para você, acrescentarão muito para o público em geral". Leia a opinião de Hélio Júnior

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HÉLIO JÚNIOR

Publicado em 05/08/2021 às 6:12
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No processo de comunicação não devemos ter preconceito com o óbvio, que precisa ser dito para se tornar realidade, correndo o risco de ficar apenas no campo subjetivo. O óbvio tem poder, afinal, você se comunica para se fazer entender, ensinar e ajudar as pessoas, não apenas para impressionar os colegas da sua área, por exemplo. O mundo é plural e a maioria das pessoas não entende a maior parte dos assuntos que você domina.

Mesmo aqueles que são da sua área, por vezes, percorreram estradas completamente diferentes e não compreendem determinados assuntos como você. Ninguém sabe tudo e conhecimento é algo que sempre vai agregar na vida das pessoas. Aposte no que é óbvio, deixe o vocabulário técnico de lado e coloque para jogo temas que, por mais evidentes que sejam para você, acrescentarão muito para o público em geral.

Os interlocutores possuem vivências diferentes, valores diferentes que vão moldando quem eles são, suas prioridades e seus valores. Isso tudo acaba trazendo filtros distintos para cada pessoa. Muitas vezes estamos diante da mesma situação e vemos coisas totalmente diferentes. Já deve ter acontecido com você. Falar algo com determinada finalidade e o receptor da mensagem interpretar de maneira totalmente diferente.

O curioso é que este ruído de comunicação, na maioria das vezes, acontece justamente com as pessoas com as quais temos mais contato. Tendemos a explicar menos acreditando que elas já devem nos conhecer, saber o que queremos e o que precisamos. A dica é: verbalize.

A comunicação não verbal é muito importante como sabemos, mas você pode facilitar a comunicação como o recurso da verbalização. Em momentos tão conturbados e radicalizados, quando damos a chance de alinhar expectativas podemos contribuir para não se chegar a um conflito. No campo pessoal e profissional não vamos esperar que a outra pessoa adivinhe. Aposte no óbvio.

Hélio Júnior, mestre em Comunicação

 

*Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

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