Opinião

Tive a imensa honra de ser o primeiro depoimento no processo de canonização de Dom Hélder Câmara

"Nossa luta segue firme! Um mundo sem Miséria e Fome, um mundo de irmãos está em construção". Leia o texto de Ancelmo Monteiro

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Ancelmo Monteiro

Publicado em 29/08/2021 às 11:31 | Atualizado em 29/08/2021 às 11:35
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Na sexta-feira (27), se completaram 22 anos da partida de Dom Hélder Câmara. Aquele dia foi um sábado. Estava nos preparativos finais de uma passeata na Avenida Boa Viagem para arrecadar alimentos e homenagear Betinho, falecido dois anos antes, a 09/08/1997. Só soube na hora da mobilização começar.

Uma colega, da rádio CBN da época, ligou para uma entrevista. Disse que naquele momento, estávamos fazendo o que ele sempre quis: trabalhando por um mundo melhor. Percorremos toda a avenida. Nesse dia, Ed Carlos esteve conosco em toda a caminhada. Arrecadamos a carga de uma caminhonete F 4000. Seguiu direto para a tribo Fulni-ô, de Águas Belas.

De lá, fui em casa, peguei meus filhos pequenos (íamos à missa do Dom todos os domingos, nas Fronteiras) e acompanhamos em silêncio o final do velório e a saída do caixão (o corpo, na mão dos administradores, seguiu a pé do Derby até a Igreja da Sé, em Olinda). Nossa luta segue firme! Um mundo sem Miséria e Fome, um mundo de irmãos está em construção. Seguimos humildes operários da causa. O processo de canonização avança no Vaticano. Tive a imensa honra de ser o primeiro depoimento no processo de canonização, anos atrás.

Ancelmo Monteiro é jornalista e coordenador da Ação da Cidadania em Pernambuco

*Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

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"[No dia da partida de Dom Hélder], estávamos fazendo o que ele sempre quis: trabalhando por um mundo melhor" - Divulgação

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