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Suape continua nos trilhos, caminhando rumo ao futuro com mais igualdade e oportunidade

"Este ano tem sido de solidificação de muitos caminhos definidos pelos diversos governos nesses 42 anos de Suape". Leia o artigo de Roberto Gusmão

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Roberto Gusmão

Publicado em 30/09/2021 às 6:07
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Ao decidir se reunir com as lideranças empresariais e com a bancada federal do Estado na busca de um entendimento para viabilizar a Ferrovia Transnordestina, Pernambuco mostra que está no caminho certo.

O ramal será a ferramenta de integração regional com várias cadeias logísticas do Nordeste, ampliando os investimentos no futuro. Fruto inconteste disso é o recente anúncio de um grupo empresarial com forte presença na área de mineração solicitar autorização de outorga de empreendimento ferroviário de sua mina no Piauí, ligando a carga ao Porto de Suape, numa extensão de 717 km.

A Transnordestina é uma concessão realizada de forma equivocada e as obras se arrastam há anos. Elas deveriam ter começado pelos portos, destinos logísticos de escoamento para comercialização, e não pelo interior. Essa opção já consumiu R$ 5,5 bilhões de recursos públicos. Fosse a decisão outra, a ferrovia já estaria operando, gerando caixa financeiro para o empreendimento e novas oportunidades.

Embora os entendimentos com o grupo já estivessem em curso, Pernambuco acertou na estratégia de não entrar em competição acirrada com qualquer Estado envolvido, priorizando dados técnicos e econômicos. Com o apoio local e do Ministério da Infraestrutura, Suape se consolida como um porto de Estado.

Este ano tem sido de solidificação de muitos caminhos definidos pelos diversos governos nesses 42 anos de Suape. O porto será o principal ponto de distribuição logística do Nordeste, com mais indústrias instaladas. Hoje elas já somam 150 no complexo, que conta, ainda, com polo farmacêutico, refinaria de petróleo, além da futura produção de combustível limpo (hidrogênio verde) e de um terminal de regaseificação, que trará gás natural mais barato.

Líder na importação e exportação de carga por contêineres da região, Suape está em vias de se transformar no centro de distribuição de gás de cozinha do Nordeste e num hub de distribuição de veículos importados.

Ressalte-se que essa pujança preserva 8 mil hectares de Mata Atlântica, assegurando sustentabilidade ambiental e social, além de ter a melhor governança corporativa entre as empresas públicas do Estado.

Por tudo isso, Suape continua nos trilhos, caminhando rumo ao futuro com mais igualdade e oportunidade para o Estado e a região.

Roberto Gusmão, diretor-presidente do Porto de Suape

 

*Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

 

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