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Renovação, oxigenação e esperança!

"Pela oxigenação, pela alternância no poder, pela defesa dos valores democráticos e, ainda, para cessar a tentativa de implementação de uma verdadeira capitania hereditária no âmbito na nossa OAB". Leia o artigo de Almir Reis

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Almir Reis

Publicado em 15/11/2021 às 7:37 | Atualizado em 15/11/2021 às 7:38
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Reta final de uma jornada incrível. Faltam palavras para descrever o quanto o ano de 2021 foi especial. Energizado pelo entusiasmo da advocacia pernambucana em prol de uma candidatura de renovação, visitei todos os rincões do Estado, do litoral ao sertão, ouvindo toda a classe advocatícia.

Desafiando os incrédulos, iniciamos uma jornada que atingiu mais de 130 cidades, quase 500 escritórios e o diálogo permanente com mais de 7.000 colegas. E de antemão, alerto aos desavisados: nós não nos limitamos a um aperto de mão ou um tapinha nas costas.

Foram longas, detalhadas e minuciosas conversas, para então estruturar, não de acordo com as minhas convicções pessoais, mas de toda a advocacia, a pauta programa que a nossa classe tanto clama.

E não por acaso, o inevitável aconteceu: enxergando a esperança de uma nova OAB fulanos, beltranos e sicranos vieram aos montes, declarando apoio incondicional à nossa candidatura. Incomodados, acreditem, os líderes da atual gestão, que conduz com mãos de ferro a instituição há mais de uma década, nos ridicularizaram.

"Como pode um jovem advogado, sem o apoio dos donos das maiores bancas do Estado, chegar à presidência da Ordem?", perguntaram, com a tradicional soberba daqueles que se acham donos da OAB/PE.

O problema é que a capitania hereditária esqueceu de combinar o arquitetoso projeto de poder com o restante da advocacia. Os fulanos, beltranos e sicranos, esquecidos pela atual gestão, têm os mesmos direitos, pagam a mesma anuidade e precisam ainda mais do apoio institucional da OAB, combatendo, jamais defendendo, a precarização dos advogados, sobretudo da jovem advocacia.

Eles querem uma OAB/PE mais transparente, democrática e participativa. Uma OAB que não esconda, em pleno ano eleitoral, as receitas, despesas e contratos firmados em 2021, e que consulte a classe sobre como alocar a parcela não imobilizada dos recursos que pertencem à advocacia pernambucana.

Uma OAB que defina um norte: se é confortavelmente superavitária, não permita o sucateamento de suas salas e subseccionais, oferecendo coworkins gratuitos em todo o Estado; que trate os desiguais de forma desigual, reduzindo a anuidade em até 50% de acordo com a capacidade contributiva de cada colega; que combata efetivamente a morosidade do Poder Judiciário; que seja intransigente na defesa das prerrogativas profissionais e que não abra mão da transparência na aplicação dos recursos.

É preciso ir além. Precisamos de uma liderança combativa e independente, que dialogue com as autoridades, mas defenda as necessidades da advocacia pernambucana sem conchavos e conveniências institucionais. Um líder que não se agache aos interesses individuais de seus integrantes. Que receba, de cabeça erguida, olhando nos olhos, cada crítica e sugestão dos seus pares, sem distingui-los por terem apoiado a situação ou a oposição, pois no final deste acirrado processo eleitoral seremos todos um só grupo.

Com a experiência adquirida nas gestões da OAB ao longo de mais de 10 anos de serviços relevantes prestados à instituição; com a legitimidade de quem possui o título de Professor Honorário da Escola Superior de Advocacia e já liderou as principais entidades nacionais do segmento previdenciário; de quem já coordenou eventos na Universidade de Harvard, de Coimbra e na Organização Internacional do Trabalho (OIT); de quem comprovou ser independente ao longo de toda trajetória; de quem combateu o bom combate, com fé, humildade e verdade desde o início da jornada. E está prontíssimo para, ao lado de cada um de vocês, construir o capítulo da renovação tão necessário para toda advocacia pernambucana.

Pela oxigenação, pela alternância no poder, pela defesa dos valores democráticos e, ainda, para cessar a tentativa de implementação de uma verdadeira capitania hereditária no âmbito na nossa OAB de Pernambuco precisamos comparecer às urnas e votar na chapa 10, elegendo esse time incrível - liderado por Almir Reis e Fernanda Resende - para resgatar o protagonismo da advocacia e o orgulho de ser advogado e advogada.

Almir Reis, candidato à presidência da OAB-PE pela chapa Renova OAB

*Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

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