ARTIGO

Longevidade física e financeira

"Devemos aproveitar os benefícios enquanto jovens e economicamente ativos, para prover os cuidados com a nossa saúde física e financeira". Leia o artigo de Cláudio Sá Leitão

Imagem do autor
Cadastrado por

CLÁUDIO SÁ LEITÃO

Publicado em 16/12/2021 às 6:00 | Atualizado em 16/12/2021 às 11:40
Artigo
X

É de praxe externarmos nas principais datas comemorativas (aniversário, natal, fim de ano, etc.), os votos de saúde e de vida longa para as pessoas queridas. Segundo o resultado de pesquisas do IBGE, até o ano de 2100, a população brasileira passará por profundas transformações, relacionadas a fatores de idade e de gênero. No 1º momento, a população aumentaria bastante até o ano de 2050 e na 2ª fase haveria um choque populacional com a redução de habitantes até o ano de 2100. Um dos principais motivos desse declínio populacional, se explica pelo fato de que, no início da década de 1960, a mulher tinha em média de cinco a seis filhos. Após 50 anos, em 2010, a média caiu para dois, declinando a taxa de fecundidade em torno de 70%. Outro fato importante diz respeito ao incremento na média de idade em que as mulheres brasileiras passaram a ter filhos.

Isso porque aumentou significativamente a escolaridade e a participação das mulheres no mercado de trabalho, acarretando o retardamento da idade em que elas passaram a ter filhos. Ainda de acordo com o IBGE, no final deste século, a população de crianças e de jovens cairá significativamente, ao passo que o contingente de idosos subirá expressivamente. Naturalmente que essa redução populacional seria freada, caso as pessoas voltassem a gerar uma prole numerosa, o que parece pouco provável. Trocando em miúdos, o futuro nos apresentará um ambiente em que conviveremos com uma população envelhecida e com poucos filhos por família. Seria muita ingenuidade nossa, esperar que o governo venha formular um planejamento dedicado à longevidade e a redução populacional. Na verdade, nós temos que arregaçar as mangas e começar a nos preparar para termos qualidade de vida na terceira idade. Uma das primeiras atitudes a serem tomadas seriam os cuidados com o nosso corpo, visando adiar o processo de envelhecimento. A saída é retardar a velhice para ficarmos jovens por mais tempo. As grandes vilãs de uma longevidade saudável são as doenças crônicas, tais como os problemas cardiovasculares, a hipertensão, o câncer, as doenças respiratórias e o diabetes.

Mas como evitar esses problemas de saúde? As doenças crônicas podem ser adiadas ou prevenidas com a adoção de um estilo de vida saudável, evitando sobrepeso, sedentarismo, excesso de álcool, alimentação desiquilibrada, etc. Fácil de entender, mas difícil de praticar. Outro fator importante para ter uma vida longa é nossa saúde financeira. Poucos cuidam das suas finanças, por terem a falsa crença de que na velhice serão socorridos pelo governo ou pela família. Enfim, devemos aproveitar os benefícios enquanto jovens e economicamente ativos, para prover os cuidados com a nossa saúde física e financeira.

Cláudio Sá Leitão, conselheiro pelo IBGC e CEO da Sá Leitão Auditores e Consultores.

 

*Os artigos são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do JC

Tags

Autor