Qual o melhor trabalho: presencial, remoto ou híbrido?

As empresas e as instituições públicas já estão adaptadas ou ainda carecem de uma melhor preparação? A resposta não é nada simples!

FERNANDO J. RIBEIRO LINS
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FERNANDO J. RIBEIRO LINS
Publicado em 16/05/2022 às 6:00
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Teletrabalho, home office ou trabalho remoto. - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Passados poucos mais de dois anos do início da pandemia da Covid-19, nos perguntamos agora como se darão as atividades e as relações profissionais. O que vai prevalecer: o trabalho presencial, remoto ou híbrido?

As empresas e as instituições públicas já estão adaptadas ou ainda carecem de uma melhor preparação? A resposta não é nada simples!

Pesquisa recente divulgada em periódico de grande circulação demonstra que o trabalhador brasileiro se adaptou sem maiores traumas às restrições impostas pela pandemia, adotando diversas formas de trabalho sem que a produtividade sofresse um grande impacto negativo.

Ou seja, os novos formatos de atividade profissional são uma realidade com a qual entidades e funcionários precisam lidar. Para as primeiras, há a vantagem de economizar com uma estrutura física e tudo o que diz respeito. Mas, mesmo após esse período, muitas entidades ainda estão em processo de adaptação quanto à melhor e mais produtiva rotina de trabalho.

Para o funcionário, também há diversos prós e contras. Muitos preferem o conforto e a comodidade do lar, evitar deslocamentos, o convívio mais próximo com a família e a possibilidade de flexibilizar o horário de expediente, o que os aproxima de um colaborador individual.

Por outro lado, é no ambiente de trabalho que as relações se tornam mais próximas, onde a possibilidade de se estabelecer uma maior confiança entre a entidade e o funcionário é maior.

O que fica cada vez mais claro é que os diversos formatos de trabalho funcionam e que vai depender muito do modelo do estabelecimentos para que um se sobreponha ao outro. A entidade é quem precisará monitorar o seu desempenho e dos seus funcionários, para, a partir dos dados obtidos sobre produtividade, somados à satisfação do atendimento, às contas sobre as despesas para manter a estrutura física, decidir se optará por ter todos presencialmente, remotamente ou em um esquema híbrido.

Já o funcionários, ao menos para aquele que puder optar por um ou outro modelo, o que está cada vez mais claro é que os que desejam “fazer carreira”, buscando ascensões, ou mesmo aqueles recém-formados, que precisam conhecer pessoas e processos e adquirir conhecimento e experiência, devem se preparar para voltar ao formato presencial; para os mais experientes e que valorizam mais aspectos como conforto, liberdade e um relativo controle da própria rotina de trabalho, o home office certamente será mais atraente.

No caso específico da advocacia, por mais que muitos tribunais já disponibilizem ferramentas digitais que justifiquem a existência do trabalho remoto, ainda haverão muitas oportunidades em que a presença física do advogado se faz extremamente necessária, considerando sua experiência e sensibilidade profissional.

O mais importante é termos a consciência de que a pandemia fez com que o mercado de trabalho passasse por transformação profunda e irreversível. Cabendo, inclusive, aos órgãos de classe acompanharem essas mudanças, ofertando até mesmo estrutura para que esses profissionais possam exercer suas atividades, como tem feito a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco em diversas localidades do nosso Estado. E vamos expandir com o apoio do Conselho Federal da OAB, como foi noticiado pelo presidente nacional Beto Simonetti na nossa posse festiva no último dia 11.

FERNANDO J. RIBEIRO LINS, Advogado e Presidente da OAB Pernambuco

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