OPINIÃO

Gás natural, um diferencial para Pernambuco

O PAC ainda é uma grande carta de intenções do governo federal que sonhamos que se tornarão realidade. Já as obras da Copergás são reais...

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FELIPE VALENÇA

Publicado em 29/08/2023 às 0:00 | Atualizado em 29/08/2023 às 7:24
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eram com satisfação a inclusão de obras como o ramal da Transnordestina até o porto de Suape, a complementação da refinaria Abreu e Lima, o arco metropolitano de Recife, entre muitas outras, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mesmo que de longo prazo, são ações que, se efetivadas, tornarão o estado muito mais competitivo para enfrentar uma conjuntura nacional de desindustrialização que perdura há décadas e que precisa ser urgentemente revertida. Neste momento é que cresce a importância de um diferencial positivo do nosso estado que pode ser melhor utilizado para a retomada do crescimento industrial daqui: o gás natural.

A indústria brasileira enfrenta grandes dificuldades como a burocracia, a tributação excessiva, e a infraestrutura carente - o famigerado custo Brasil. No Nordeste, como um todo, empresas ainda precisam de incentivos para se instalar devido à permanência das desigualdades econômica e sociais. Compensações são mais do que nunca necessárias. De acordo com o IBGE, a indústria pernambucana retraiu 2,3% apenas em 2022. Apesar das dificuldades, dada a conjuntura brasileira, Pernambuco possui algumas vantagens como a malha rodoviária, a posição central no Nordeste, o porto de Suape, ou o fato de Recife ser um hub aéreo com acesso direto às principais capitais brasileiras, e mesmo a proximidade maior de grandes mercados consumidores, como o europeu.

O estado, entretanto, conta com um benefício a acrescentar na lista: uma das moléculas de gás natural mais baratas do Brasil, cerca de 40% de preço inferior em comparação com as demais empresas distribuidoras de energia estaduais. Conta também com uma malha de 1.130 km de dutos, em constante expansão, que já chega a 33 municípios que correspondem a 60% da população e 76% do PIB do estado. Sem falar de questões da qualidade. Bem menos poluente, o gás natural também é um combustível fundamental na agenda mundial de transição para uma economia verde.

Para que nossa competitividade fique ainda mais evidente, precisamos fazer nosso dever de casa, o que inclui um bom entrosamento com a Federação da Indústria do Estado de Pernambuco (FIEPE), no sentido de identificarmos exatamente quais são os clusters industriais do estado que podem e devem ser acessados por meio das malhas da Copergás, nossa empresa de gás natural.

Apenas em agosto, decidimos por meio do Conselho Administrativo, que a Copergás irá investir R$ 100 milhões em obras como expansão que somam 76 km de redes. Procuramos crescer em busca de novos mercados consumidores para oferecer uma energia mais limpa e barata. Nosso plano de negócios é investir R$ 600 milhões nos próximos cinco anos chegando a 1.850 km de dutos. Atualmente contamos com 137 indústrias sediadas em Pernambuco que utilizam gás natural e nosso plano é chegar a 233 no período.

Alguém pode até pensar que são valores modestos quando se compara com os R$ 99 bilhões dos investimentos do PAC. Mas há uma diferença fundamental: O PAC ainda é uma grande carta de intenções do governo federal que sonhamos que se tornarão realidade. Já as obras da Copergás são reais, com contratos assinados e dinheiro garantido. Seja por meio dos seguimentos industrial, residencial, comercial ou veicular, a Copergás segue como um dos principais patrimônios dos pernambucanos em sua missão de trazer empregos e desenvolvimento para o estado.

Felipe Valença é diretor presidente da Copergás

 

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