Bom para Raquel e para João
Confio que nossa Governadora e nosso Prefeito estão à altura de suas responsabilidades históricas e ambos, com seus reconhecidos talentos, continuarão a fazer mais e melhor, pelo Estado e sua Capital...
Ouvi de mais de um político, num passado nem tão recente, que o recifense era um "bicho sabido", pois elegia seu prefeito desalinhado politicamente ao governador, alternando-se e desconcentrando-se o poder entre tais núcleos. E de fato isso ocorreu por várias vezes desde a redemocratização.
Sabedoria ou não, o fato que chama a atenção é que nossos governadores, mesmo quando bem avaliados, encontram dificuldades em eleger o prefeito do maior colégio eleitoral do Estado, sua capital.
A verdade é que essa convergência política entre prefeito e governador, felizmente, não se mostra essencial para a boa gestão do Recife, muito menos de Pernambuco. A experiência vem mostrando uma salutar separação das divergências político-partidárias e projetos de poder, com os interesses maiores da administração, seja por maturidade cívica dos mandatários como por cálculo político, já que Sua Excelência o eleitor está atento àquele que eventualmente jogar contra o interesse público.
Estamos vivendo atualmente esse fenômeno, contando com uma Governadora e um Prefeito operosos e bastante compromissados com o êxito de seus respectivos mandatos, e, por isso mesmo, igualmente atentos às demandas das duas unidades federativas, mesmo militando em linhas político-partidárias divergentes.
Aliás, assistimos isso nas gestões do então prefeito João Paulo (PT) e governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), rivais políticos que entabularam inúmeras parcerias administrativas exitosas, para o bem do Recife e de Pernambuco, o que certamente foi reconhecido pelos eleitores, já que ambos terminaram seus mandatos muito bem avaliados.
Confio que nossa Governadora e nosso Prefeito estão à altura de suas responsabilidades históricas e ambos, com seus reconhecidos talentos, continuarão a fazer mais e melhor, pelo Estado e sua Capital, sem deixar que suas legítimas aspirações eleitorais futuras venham a contaminar esse belo jogo de poder, em que ambos brilham e todos ganham, sobretudo a população.
Pedro Henrique Reynaldo Alves, ex-presidente da OAB/PE e sócio do PHR Soluções Jurídicas