OPINIÃO

As inovações disruptivas no desenvolvimento de soluções para o mercado

Desde a revolução digital até as mudanças nos modelos de negócios, as equipes de P&D, emergem como impulsionadoras dessa transformação.

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PAULO TADEU e BYRON BEZERRA

Publicado em 14/03/2024 às 0:00 | Atualizado em 14/03/2024 às 15:21
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Certamente, boa parte das pessoas já se deparou com a palavra "inovação" e a associou apenas às transformações. Essa expressão, presente em nosso cotidiano, por vezes não é compreendida de maneira prática. Quando se trata de Inovações Disruptivas, a compreensão torna-se ainda mais desafiadora. No intuito de desmistificar tais conceitos, destacamos como equipes de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) estão redefinindo setores por meio de outras abordagens. Mas, afinal, o que é inovação? É um conceito amplo que se refere à introdução de novas ideias, métodos, produtos, processos ou práticas que resultam em melhorias significativas para negócios.

Ela pode ocorrer em diversos contextos, como nas áreas tecnológicas, sociais, empresariais, educacionais. A inovação não se limita apenas à criação de algo completamente novo. Ela engloba a adaptação e a melhoria contínua. É essencial para impulsionar o progresso e a competitividade em diversos campos, incentivando a criatividade, a busca por soluções mais eficientes e a capacidade de adaptação a novas realidades e desafios. Temos vários tipos como a inovação de produto, de processos, tecnológica e sustentável. Vamos focar na disruptiva.

A inovação disruptiva, termo cunhado na década de 1990 por Clayton Christensen, professor da Harvard Business School, representa uma abordagem inovadora no cenário empresarial por ser um processo lento que se constrói com anos de investimento em pesquisa científica. Essa modalidade de inovação não se limita a simples melhorias incrementais. Ela introduz mudanças radicais que desafiam o status quo de setores e mercados estabelecidos. Um exemplo conhecido deste tipo de inovação é o advento dos serviços de streaming de vídeo. Empresas como a Netflix ofereciam uma alternativa conveniente à locação de DVDs, desafiando as locadoras tradicionais. A princípio, o modelo de negócios foi percebido como uma opção inferior, mas sua conveniência e flexibilidade atraíram gradualmente um público mais amplo, resultando na transformação do mercado de entretenimento doméstico.

A inovação disruptiva não trata apenas de produtos, mas também de modelos de negócios, assim como estamos desenvolvendo na deeptech onde atuamos. Investimos em pesquisa, contamos com mais de 25 registros de propriedade intelectual e nosso time da área, liderado por pesquisadores de referência em produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), conta mais de uma centena de artigos científicos publicados sobre algoritmos e métodos relacionados às tecnologias que empregamos nas soluções que oferecemos ao mercado.

As equipes identificam dores no mercado e o time de P&D investiga, experimenta e pensa de maneira criativa para buscar soluções e desenvolver novas tecnologias. Elas buscam entender as tendências atuais e prever o que vem pela frente. No desenvolvimento de novos produtos, as equipes de P&D transformam as ideias inovadoras em produtos tangíveis. Isso não só amplia o horizonte de atuação e longevidade das empresas, como também as mantém atualizadas e competitivas no mercado.

Em um mundo cada vez mais dinâmico e competitivo, as inovações disruptivas desempenham um papel crucial na redefinição de caminhos e setores, construindo soluções até então impensadas, ou mesmo determinando com o fruto dessa inovação que mercados antes inexistentes sejam criados. Desde a revolução digital até as mudanças nos modelos de negócios, as equipes de P&D, emergem como impulsionadoras dessa transformação.

Paulo Tadeu, CEO da startup Di2win e Byron Bezerra, professor da UPE e pesquisador?da Di2win

 

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