Editorial

Responsabilidade do eleitor

Publicado em 29/11/2020 às 2:00
Leitura:

O País chega ao segundo turno das eleições municipais neste domingo com a expectativa do cumprimento do dever cívico do voto por parte da população. No Recife e em Paulista, em Pernambuco, ou em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e outras cidades, o ritual democrático se consagra pela escolha de um entre os dois finalistas que tiveram maiores votações no primeiro turno, mas não contaram com a preferência de mais da metade dos votos válidos. Hoje, a vontade popular soberana definirá o melhor rumo para cada município, a partir do exercício de cidadania fundamental, que garante a plenitude da democracia.

Em um momento histórico de preocupação global, em decorrência da pandemia que alterou o cotidiano do planeta durante praticamente o ano inteiro, cresce a responsabilidade individual pela direção do destino de todos. Assim como não se deve desprezar a atitude de cada um diante dos riscos de disseminação da Covid-19, tão pouco se pode menosprezar o papel do eleitor para a construção de um cenário político propício ao enfrentamento da doença e de seus efeitos no curto, médio e longo prazos em sua localidade. A responsabilidade social requerida na observação de medidas protetivas simples, como o uso de máscaras, também se exerce pelo direito ao voto. É prova de respeito ao próximo, de consciência dos problemas comuns que afligem os moradores das cidades, fazer o melhor uso do instrumento clássico das democracias - o voto pode ser uma vacina contra a política centrada na busca pelo poder, e não, no poder de transformar a vida das pessoas.

Com a abordagem sistemática - que não se restringe às campanhas eleitorais - de temas relevantes de interesse direto para a população pernambucana, o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação espera ter colaborado para que o cidadão tenha obtido as informações necessárias para sua decisão. Para que possamos morar em cidades com menos desigualdade, mais oportunidades de trabalho, menos burocracia e mais estímulos ao ambiente de negócios que gera empregos e eleva a qualidade de vida, precisamos contar com gestores públicos sintonizados com as demandas coletivas. A sintonia não se dá pelo discurso ou pela promessa, e sim, através do comportamento ético transmitido a uma equipe de governo séria, dedicada e comprometida com a perseguição do bem social. Caso contrário, as cidades não apenas param no tempo, e a vida das populações se deteriora a olhos vistos, como a própria renovação política é dificultada, dentro de círculos viciosos que drenam a capacidade de superação e mudança.

Sair da espiral de realidades deprimentes é a tarefa que se impõe aos futuros ou renovados gestores que serão eleitos ou reeleitos hoje no Brasil. O desafio de administrar cidades em pandemia é um complicador a mais, no quadro de restrições de recursos para a multiplicidade de prioridades e urgências que despontam em todas as áreas da gestão pública. E tudo começa pela decisão do eleitor.

Comentários

Últimas notícias