Uma reivindicação institucional com a potência da diversidade e da representatividade. Assim foi o ato capitaneado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe, com a presença da governadora Raquel Lyra e da vice, Priscila Krause, da ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, do superintendente da Sudene, Danilo Cabral, dos senadores Teresa Leitão e Humberto Costa, e dos deputados federais Mendonça Filho, Pedro Campos e Silvio Costa Filho.
O encontro na sede da entidade promoveu a entrega, para a governadora, de um documento assinado por diversos setores da indústria, do comércio e serviços, da tecnologia e da agricultura, solicitando a retomada e conclusão das obras da Ferrovia Transnordestina no trecho Salgueiro-Suape. O trecho é considerado estratégico para o desenvolvimento estadual, com repercussões econômicas e sociais em larga escala nos estados vizinhos e em todo o Nordeste. Raquel Lyra endossou a importância da articulação, afirmando que Pernambuco se une pela Transnordestina – na verdade, para o que a obra simboliza enquanto oportunidade para o crescimento da economia nordestina, e para a capacidade de investimento estadual, com a redução da dependência do transporte rodoviário, e da melhoria do ambiente de negócios, como frisou o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger.
A justificativa do movimento em prol dos interesses de Pernambuco se baseia no argumento essencial de que não faz sentido Suape desconectado de uma rede ferroviária do porte da Transnordestina, como lembrou o colunista do JC, Fernando Castilho. A unidade política favorece a sensibilização que se espera do governo federal e do presidente Lula, que tem se mostrado interlocutor atento às demandas do povo pernambucano, através do contato mantido com a governadora.
Em outro momento dessa mesma disposição republicana, o governo do Estado e o governo federal, através do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, assinaram o Pacto pela Governança da Água, em evento no Palácio do Campo das Princesas. O documento objetiva fortalecer a gestão dos recursos hídricos, incluindo ações e programas de saneamento básico, abastecimento, segurança das barragens e prevenção e mitigação de fenômenos extremos, seja na estiagem, seja nas enchentes. A preparação necessária para lidar com as mudanças climáticas foi tema do discurso de Raquel Lyra, na ocasião.
Diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Verônica Sanchez deu o tom da relação entre os níveis de governo: “Governadora, conte com a gente”. Essa afinação no discurso deve resultar em práticas saudáveis de gestão, com a troca de informações e o estabelecimento de parcerias concretas, que tragam benefícios para a população no mais breve período de tempo possível. Trata-se de um avanço digno de nota, enxergar articulação estadual e nacional para atender demandas antigas dos cidadãos, para acelerar o desenvolvimento de nosso estado.
Governos e poderes em favor da coletividade
Cobrança pela Transnordestina e assinatura do Pacto das Águas põem demandas de Pernambuco acima de diferenças políticas