EDUCAÇÃO

Aula de empreendedorismo

Escolas da zona rural em Pernambuco participam de programa do Sebrae para o primeiro contato de estudantes com negócios e comunicação

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JC

Publicado em 10/04/2024 às 0:00
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O ambiente escolar é propício ao desenvolvimento de temas que não estão no currículo regular de ensino. Especialmente quando esses temas dizem respeito ao estímulo de aptidões e talentos que os adolescentes podem ter desde cedo. De vocações artísticas em qualquer tipo de expressão, até a inclinação por conhecimentos que tendam a trajetórias profissionais definidas, as escolas abrigam o futuro de potenciais que irão se transformar em carreiras nos próximos anos, quando os estudantes ingressarem na vida adulta. Por isso, quanto mais cedo for promovido o encontro da informação e da experiência adequadas com o desejo de saber mais – e de ser mais – de alunos e alunas, melhor para o seu desenvolvimento pessoal, e também para os efeitos coletivos, na família e no entorno social.
A gerência regional do Sebrae no Agreste Meridional pernambucano, em Garanhuns, vem apresentando ações neste sentido em municípios como Buíque, Canhotinho e Tupanatinga. Oficinas e capacitações dirigidas na área rural incentivam o espírito empreendedor e aguçam a curiosidade sobre os caminhos de se abrir uma empresa e manter um negócio. Ao mesmo tempo, a iniciativa se preocupa em chamar a atenção do público jovem para as atividades profissionais de seus pais e responsáveis, valorizando o trabalho e a responsabilidade vista no seio familiar. Temas como cooperativismo, sucessão familiar nos negócios e a importância da inovação no campo, na agricultura ou na pecuária, estão entre os explorados e debatidos nas salas de aula.
Como registrou a coluna Enem e Educação, do JC, o Sebrae espera atender este ano, com o programa, 34 municípios, envolvendo 300 professores e 8 mil estudantes. Trata-se de relevante contribuição – mais uma – da entidade à formação do espírito empreendedor em Pernambuco, desta vez focada no despertar do gosto pela transformação de necessidades e sonhos em realidade gratificante, seja pessoalmente, seja alcançando metas mais amplas no contexto econômico e social. Lançando a semente da curiosidade, o Sebrae faz bom uso do ambiente escolar, dentro da versatilidade que se espera para o aprendizado que pode ir além da grade curricular.
A maneira de expor os temas de forma leve ajuda a gerar interesse, através de feiras de profissões, competições de empreendedorismo e mostra de filmes que são depois debatidos, além de palestras e capacitações que se desdobram nas feiras de empreendedorismo realizadas em cada município. A abordagem direcionada a situações reais faz com que os jovens deixem o mundo virtual para pensar alternativas viáveis, assumindo riscos e consequências para os problemas atrelados a oportunidades, avaliando ideias que se tornem projetos de empreendimentos. A inovação, neste cenário, é levada como passo necessário, mas que demanda estudo e prática para surgir.
Coordenador de uma escola em Canhotinho, Éverton Santos deu seu testemunho sobre o valor do programa do Sebrae, afirmando que os estudantes se empolgaram para obter “soluções inovadoras para criar produtos, serviços ou organizações originais”. Essa aula de empreendedorismo é um exemplo que deve ser multiplicado pelo estado.

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