ALERTA DE GUERRA

Irã ameaça Israel, EUA ameaçam o Irã...

Informações dos EUA e da Europa anunciam que um ataque dos iranianos sobre os israelenses pode estar para acontecer

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JC

Publicado em 13/04/2024 às 0:00
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O movimento bélico comandado por Benjamin Netanyahu, desde a invasão da Faixa de Gaza em resposta ao terrorismo do grupo Hamas, vai se expandindo na região, gerando reações oficiais e promessas de confrontos imprevisíveis. O clima diplomático que já não era muito bom, parece ter piorado bastante no Oriente Médio, após o ataque de Israel a um consulado na Síria, que matou comandantes iranianos. As notícias que correm o mundo antecipam um possível ataque do Irã a alvos israelenses, em represália ao que houve em território sírio. E assim, de reação em reação, de indignação em indignação, a temperatura bélica se eleva, pondo o planeta em alerta diante da escalada que ninguém deseja, mas que ninguém também sabe como evitar, ao se deixar o destino nas mãos de notórios líderes belicistas.
A ameaça se alarga quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao reconhecer que espera esse ataque com certeza, afirma em tom paternalista: “Não faça”. A sugestão do aviso é pior que o reconhecimento prévio de um suposto ataque do Irã sobre os israelenses, pois indica uma predisposição da Casa Branca em assumir a reação de Israel, em se confirmando a expectativa. Daí para uma escalada em descontrole, seria menos que um passo. Ou Biden e outros líderes ocidentais interrompem a insensatez, ou dificilmente o pavio aceso pelo Hamas e por Netanyahu será apagado. A questão é saber quem pode desempenhar esse papel em prol da paz, com respaldo suficiente para conduzir um serenar de ânimos. Nem o Papa Francisco, dedicado à causa pacifista, consegue sensibilizar os senhores da guerra.
Um ataque direto do Irã a Israel mobiliza, nas últimas horas, a defesa israelense, com alta probabilidade de se concretizar, segundo a mídia internacional e fontes diplomáticas. É como se fosse inevitável, abrindo a porta para consequências assustadoras, a exemplo da ativação de um confronto de Israel (e dos EUA) com os russos, aliados dos iranianos. A expansão da zona de guerra pode ser benéfica para o primeiro-ministro israelense, e talvez para Biden, que enfrenta difíceis eleições contra Donald Trump no segundo semestre. Se o cálculo político passar por cima do horizonte de consequências, podemos, de fato, ter mais mísseis nos ares, e mais ruínas e sangue no chão, nos próximos meses.
Alguns países da Europa, a Índia e a Rússia solicitam aos seus cidadãos que não embarquem para o Irã ou para Israel tão cedo, aumentando a angústia coletiva pelo pior. Para os russos, a recomendação se amplia para todo o Oriente Médio. Os bastidores diplomáticos trabalham com cautela até um certo limite, a partir do qual a exposição do risco soa como a melhor opção para prevenir danos – e mortes. O alerta de guerra disseminado em tantas línguas expressa o fracasso humano em conter o ímpeto da autodestruição. Impossível saber quando a paz poderá despontar, enquanto as nuvens da guerra estão carregadas, aparentemente prontas para temerários embates.

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