Educação na campanha

Síntese das propostas das principais candidaturas mostra consensos e realidade desafiadora, na disputa à prefeitura da capital pernambucana

Publicado em 26/09/2024 às 0:00

A coluna Enem e Educação do JC, por Mirella Araújo e equipe, fez um balanço das propostas de campanha para a educação na cidade do Recife. No próximo dia 6, o eleitorado brasileiro vai às urnas em todo o país, para o primeiro turno da votação para a escolha de prefeitos e vereadores. A pouco mais de uma semana do pleito, vale a pena repassar o que sugerem os postulantes à chefia do Executivo na capital pernambucana. Afinal, a educação segue sendo como um gargalo para o desenvolvimento nacional, e tem problemas crônicos históricos também no Recife – problemas que os programas de governo analisados pela equipe do JC não apenas reconhecem, como utilizam como base para as soluções que propõem, em caso de obtenção da chancela dos recifenses para exercer o poder municipal.
A colunista chama a atenção para a necessidade de a prefeitura manter a rede municipal de ensino estruturada e com boas condições de funcionamento. A observação vale para os alunos e suas famílias, assim como para os professores e demais colaboradores. Pode parecer óbvio, mas nem sempre o alicerce estrutural existe, ou as condições de aula são propícias, em diversos locais do Brasil. Não é à toa que as notas de avaliações internacionais do desempenho escolar do país em habilidades como compreensão de texto e matemática são baixas, em comparação com dezenas de outras nações onde a educação cumpre papel relevante na abertura de oportunidades e na distribuição de renda.
Com quase 4 mil crianças na fila de espera para creches, o Recife precisa de novas unidades, para ampliação da capacidade de atendimento à demanda das mães e dos pais que dependem desse apoio para sair de casa com tranquilidade para trabalhar, diariamente. A ausência de vagas em número suficiente pode diminuir a renda familiar, ampliar o estresse dos pais, e comprometer o desenvolvimento das crianças em uma fase crucial da vida. Todos os candidatos que almejam a prefeitura da capital sabem disso, e pretendem, uma vez eleitos, melhorar essa rede de atenção – e com isso, a qualidade de vida de milhares de famílias.
As variações nas propostas não chegam a ser tão grandes, mas é possível discernir algumas diferenças no tocante ao modelo pensado para a educação básica, por exemplo, através apenas dos recursos públicos, ou com a ajuda do capital privado. Seja qual for o modelo, o importante para a população é que as demandas não se acumulem, como acumularam, nas últimas décadas, deixando a missão mais pesada para as próximas gestões. E de maneira sobreposta, já que os problemas na educação durante a infância e a adolescência geram dificuldades para o resto da vida – de acordo com especialistas, a boa educação reduz a ocorrência de crimes violentos, a probabilidade de um indivíduo ser preso, e ainda, de não conseguirem emprego, mais tarde. Por isso, deve ser a prioridade que ainda não é, não somente aqui, mas em todo o território brasileiro, para todos os níveis de governo.
Confira algumas das propostas para melhorar a educação no Recife, no site da coluna Enem e Educação.

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