Atualizada às 8h30 de 23/04/2020
Com apoio da Polícia Militar, a Polícia Federal apreendeu 648 quilos de cocaína dentro de uma aeronave em um aeródromo de Igarassu, Região Metropolitana do Recife (RMR), na última quarta-feira (22). Também foram apreendidos 12 aparelhos celulares, uma pistola calibre 380, além de oito veículos. Oito homens e uma mulher foram presos durante a operação, por volta das 16h. O continente europeu era o destino final da droga.
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Rota do tráfico
A aeronave partiu do estado de Goiás, no Centro-Oeste do País, e tinha pousos planejados em Araripina, no Sertão do Estado, e no Aeroporto Internacional do Recife. Entretanto, a escala aconteceu em aeródromo clandestino de Igarassu, em Pernambuco. O fato do plano de voo não ter sido cumprido chamou a atenção da PF.
O delegado Eduardo Passos, chefe da Delegacia de Repressão a Drogas da Polícia Fedearl, informou que o orgão já vinha desenvolvendo um trabalho de inteligência sobre o piloto da aeronave, antigo conhecido da polícia, já envolvido em tráfico internacional de droga. “Fizemos um acompanhamento do embarque dele na região Centro Oeste e a partir daí, começamos a monitorar a rota de voo dele. Acompanhamos o embarque dele em Goiás e iríamos monitorar a rota de plano dele até Araripina até Recife, mas percebemos que eles fez paradas em locais fora da rota. Uma das paradas foi em Araripina e, pela movimentação de radar, vimos que ele parou em um aeródromo clandestino da região", contou.
"Após essa parada, ele chegou ao Aeroporto de Recife e arremeteu, informando a torrre de controle que estava indo para o aeródromo da Coroa do Avião [em Igarassu]. Diante das atividades atípicas e pelo histórico do pilito, foi feita a abordagem com as equipes no local, onde foi encontrada grande quantidade de droga. Essa droga seria embarcada em conteiners de navios internacionais e iria, inicialmente para a África e depois, para a Europa", explicou Eduardo Passos.
Prisão
De acordo também com o delegado, os presos irão, ainda nesta quinta-feira (23), para audiência de custódia na Justiça federal e, caso seja confirmada a prisão preventiva, os homens envolvidos irão para o Cotel e a mulher para a Colônia Penal Feminina. Todos os presos estão sendo autuados por tráfico internacional de entorpecentes e, se forem condenados, podem pegar de 5 a 20 anos de reclusão.
Segundo o delegado, o piloto é um empresário em Goiás que trabalha com tráfico de drogas, e já se encontra preso em Goiás. O piloto confessou saber que estava transportando drogas. “Isso foi uma parte da quadrilha que foi presa, mas tem outras ramificações que estão sob investigação", esclarece.
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