COVID-19

Lockdown em Fernando de Noronha acaba neste domingo

Governador Paulo Câmara anunciou a suspensão da medida restritiva, implementada desde 20 de abril. E informou que o retorno às atividades será gradual. Isolamento mais rígido começou no dia 20 de abril

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 09/05/2020 às 22:38 | Atualizado em 10/05/2020 às 0:30
HEUDES REGIS/ACERVO JC IMAGEM
OBRAS Os serviços de requalificação na pista do aeroporto da ilha estão sendo integralmente custeados com recursos do governo do Estado - FOTO: HEUDES REGIS/ACERVO JC IMAGEM

Acaba neste domingo (10) o lockdown dos moradores do Arquipélago de Fernando de Noronha. Desde 20 de abril, quem vive lá só podia sair de casa para realizar atividades essenciais e informando a saída à administração da ilha, com antecedência de 24h, por meio de um formulário digital, para que houvesse autorização e controle da movimentação de pessoas. A partir de segunda-feira (11) será colocado em prática um planejamento de retomada controlada e gradual das atividades.

“Neste domingo a quarentena de Noronha chega ao fim. Conseguimos zerar os casos de covid-19 no arquipélago, que chegou a ter 28 pessoas doentes, quando sua população é de pouco mais de 3 mil pessoas. Realizamos uma ação dura, mas que a ciência mostrou ser necessária e eficiente”, ressaltou o governador Paulo Câmara, na tarde deste sábado (09), ao divulgar a nova medida.

“Agora vamos planejar a retomada das atividades na ilha, sabendo que a situação no País é determinante para o restabelecimento pleno das atividades no arquipélago”, complementou. Dos 28 infectados na ilha, 17 foram homens e 11 mulheres, com idades entre 25 e 59 anos.

“A abertura para a comunidade se dará em etapas, com recomendações a serem seguidas. É preciso cautela. Todos os 28 pacientes que foram contaminados estão curados. Mas é necessário todo o cuidado para não termos uma nova onda e precisar começar tudo de novo", comentou o administrador de Noronha, Guilherme Rocha.

"O continente ainda está em uma situação muito perigosa. Daí a nossa preocupação em trabalhar de forma controlada para ver como vai ser o retorno dos moradores que estão no Recife, pelo risco de contaminação que estão vivendo”, explicou Guilherme.

Nesta semana comerá um estudo epidemiológico no arquipélago. Serão testados em torno de 900 voluntários entre homens e mulheres, de diversas faixas etárias e de todas as regiões da ilha. A pesquisa fornecerá evidências para orientar ações de vigilância e de controle da doença.

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