Saúde

Com app integrado, Atende em Casa amplia monitoramento de pacientes suspeitos de coronavírus no Recife; entenda

A partir desta quarta, o Atende em Casa passará a funcionar de forma integrada com o app Dycovid

JC
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Publicado em 27/05/2020 às 13:51 | Atualizado em 27/05/2020 às 14:04
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O movimento se reinventa com as dificuldades - FOTO: Pixabay

Os aplicativos Dycovid e Atende em Casa passam a funcionar de forma integrada a partir desta quarta-feira (27). Quem fizer o download do Dycovid, dependendo do grau de risco de contaminação que o app indicar, já será direcionado para um teleatendimento do Atende em Casa. O Dycovid foi desenvolvido em uma parceria entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o Porto Digital e a secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. O anúncio de integração foi feito na manhã desta quarta, pelo prefeito Geraldo Julio, durante coletiva de imprensa online.

O Dycovid mapeia, de forma anônima, o risco de contaminação a partir da proximidade entre os celulares das pessoas cadastradas na ferramenta. Para isto, o app apresenta o status de cada usuário, dividido em quatro níveis, baseado no contato com as pessoas e com lugares infectados. Já o Atende em Casa é indicado para pessoas com sintomas gripais, como tosse e febre, que podem ser causados pelo vírus da Influenza ou pelo novo coronavírus. Ao baixar o app, a pessoa indica quais os sintomas e, a partir deles, a pessoa pode ser recomendada a ficar em repouso, por exemplo, ou poderão receber uma videochamada de um médico ou enfermeiro.

O nível zero simboliza que não houve contato com pessoas infectadas desde que a pessoa instalou o aplicativo. O nível 1 corresponde a contato com um ou mais infectados a uma proximidade de menos de oito metros, por pelo menos três minutos. O nível 2 mostra proximidade com uma ou mais pessoas contaminadas a menos de cinco metros, por pelo menos sete minutos e o nível 3 indica que o usuário ficou a menos de três metros de alguém com o novo coronavírus por, no mínimo, dez minutos.

O aplicativo é atualizado a cada seis horas. A partir da integração com o Atende em Casa, quem apresentar níveis um, dois ou três no Dycovid será indicado para o outro app. Os usuários do nível três ainda terão direito a fazer um teste rápido para a covid-19 após 21 dias do primeiro acesso aos aplicativos. Se o teste for positivo, o paciente será telemonitorado por profissionais de saúde durante 15 dias.

"Quero salientar, e tranquilizar a população, que o Dycovid tem uma política de privacidade muito forte. Cada celular gera chaves aleatórias para identificar, que vão mudando, garantindo essa privacidade. O único que conhece quais são as suas chaves é o seu celular e (o conteúdo) fica guardado de forma segura, criptografado no seu dispositivo", explicou o promotor e secretario de Tecnologia e Inovação do MPPE, Antônio Rolemberg. Quem quiser baixar os aplicativos, basta entrar na Play Store (Android) ou na App Store (iOS).

"O Dycovid vai mapear e classificar o grau de risco de contaminação de cada usuário e encaminhar para o teleatendimento do Atende em Casa. A soma das ferramentas vai ser muito importante para o processo de retomada que será feito no momento da flexibilização do isolamento", afirmou o prefeito Geraldo Julio. Segundo a prefeitura, o Atende em Casa possui 40 mil pessoas cadastradas, dentre as quais 17 mil receberam teleorientação com médicos e enfermeiros. Cerca de 4.500 pacientes que utilizaram a plataforma foram orientados a procurar um serviço de saúde.

Isolamento social

Durante a coletiva, o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, declarou que, apesar de haver uma desaceleração na curva de casos do novo coronavírus, ainda é precipitado se falar sobre flexibilização das medidas de isolamento e distanciamento social. "Neste momento, estamos no meio da quarentena. Ainda temos alguns dias de quarentena planejada para as nossas cinco cidades da Região Metropolitana, incluindo o Recife, e é hora de manter firme o isolamento", comentou.

Segundo ele, a retomada das atividades se dará após estudos, para evitar uma nova subida no número de casos da doença. "Um relaxamento não programado, não planejado, pode gerar um aumento rápido da transmissão e um aumento rápido do número de casos, consequentemente, depois de uma ou duas semanas. Qualquer medida de flexibilização do isolamento social precisa ser planejada por cada setor, por cada área geográfica", disse.

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