Caso Miguel

MPPE anunciará, na terça-feira (14), posicionamento sobre indiciamento de Sarí Corte Real

A promotoria poderá denunciar Sarí, arquivar o caso ou devolver o inquérito à Polícia Civil, pedindo novas investigações

Ciara Carvalho
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Ciara Carvalho
Publicado em 07/07/2020 às 19:11 | Atualizado em 07/07/2020 às 19:14
REPRODUÇÃO
05.07.2020 - Reprodução - Entrevista de Sarí - FOTO: REPRODUÇÃO

O Ministério Público de Pernambuco informou que anunciará na próxima terça-feira (14) o posicionamento da instituição em relação ao inquérito que indiciou Sarí Corte Real pela morte do garoto Miguel Otávio Santana da Silva, 5 anos. O MPPE não divulgou o nome do promotor que está responsável pela análise do inquérito. A promotoria poderá denunciar Sarí, arquivar o caso ou devolver o inquérito à Polícia Civil, pedindo novas investigações.

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Em nota, divulgada no início da noite desta terça-feira (7), o Ministério Público informou que já realizou a distribuição do inquérito para apreciação do promotor de Justiça responsável, por meio da Central de Inquéritos da Capital (CINQ Capital). "A CINQ Capital esclarece que há o compromisso de, na próxima terça-feira, 14 de julho, o referido membro do MPPE proceder a entrega da manifestação sobre o caso", diz o comunicado enviado pela instituição, sem citar o nome do promotor escolhido para a análise do inquérito.

Sarí Corte Real foi indiciada por abandono de incapaz, com resultado morte, após deixar Miguel sozinho dentro do elevador do edifício onde mora, na região central do Recife. O garoto terminou caindo de uma altura de 35 metros. A pena prevista para o crime é de 4 a 12 de prisão. O delegado Ramon Teixeira, responsável pelo inquérito, concluiu que houve dolo no abandono da criança.

"A conduta de permitir o fechamento da porta, claramente intencional, conduziu a criança à área de insegurança, diante dos vários riscos existentes no edifício. Com essa ação, diversas poderiam ser as formas de encontrar o resultado de morte indesejável, mas previsível", afirmou o delegado, durante a coletiva online, que anunciou a conclusão do inquérito.

Segundo a polícia, em nenhum momento, após o fechamento da porta do elevador, Sarí agiu para tentar ajudar a criança. O delegado Ramon Teixeira disse que a acusada voltou ao apartamento para “fazer as unhas com a manicure que estava em sua casa”. Nenhum funcionário do prédio foi acionado para localizar o garoto nem a moradora tentou fazer com que o elevador voltasse para o 5° andar, onde fica o apartamento da família.

TIPIFICAÇÃO PENAL

O inquérito que investigou a morte de Miguel chegou ao Ministério Público na última sexta-feira. A instituição tem um prazo de 15 dias para se posicionar sobre o caso. Em caso de oferecimento de denúncia, o promotor poderá seguir o entendimento da Polícia Civil, mantendo o crime de abandono de incapaz, ou modificar a tipificação penal.

Sarí Corte Real só será considerada réu, caso a denúncia oferecida pelo MPPE seja aceita pela justiça.

 

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