Faleceu nesta terça-feira (21), em um hospital particular do Recife, o cirurgião torácico e pioneiro nos serviços de cardiologia de Pernambuco, Mauro Arruda. Considerado um dos grandes nomes da cardiologia no estado, Mauro era muito querido no meio médico. A causa do falecimento foi decorrente de uma leucemia mieloide aguda.
Internado há algumas semanas, o médico de 89 anos, trabalhou no Otávio de Freitas e no Real Hospital Português (RHP).
Colega de profissão, Edgar Victor, relatou que Mauro foi um talento formidável da medicina pernambucana. "Ele começou com cirurgia de pulmão, no [Hospital] Otávio de Freitas ele fazia tórax, logo depois ele saiu de tórax para fazer cardíaca. Ele era um talento formidável", disse.
História
A moderna cirurgia cardíaca teve início em Pernambuco no início da década de 60, quando o saudoso professor Luiz Tavares da Silva conseguiu reunir no antigo Instituto de Cardiologia da Universidade do Recife, localizado no Hospital Universitário Pedro II, um grupo de cardiologistas e cirurgiões jovens e bem treinados. Durando pouco tempo, haja vista a crise que se abateu sobre as universidades brasileiras, a partir de 1964, culminando com a Reforma Universitária que extinguiu todos os institutos universitários de pesquisa.
Com financiamento bancário, quatro médicos, adquiriram todo o equipamento necessário à cirurgia cardíaca e a primeira aparelhagem de cinecoronariografia do Nordeste e se estabeleceram no Hospital Português. A partir de 1970, grupo representou o grande polo de desenvolvimento da cirurgia cardíaca em Pernambuco. Não apenas mantivemos uma grande atividade assistencial, mas também atividades de ensino, pesquisa e extensão.
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