Seca diminui em junho e Pernambuco vive melhor momento desde 2014

Dados são da atualização mais recente do Monitor de Secas, divulgada nesta terça-feira (21)
JC
Publicado em 21/07/2020 às 15:38
Algumas cidades do sertão estão sofrendo com a estiagem Foto: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM


Em meio ao enfrentamento de uma pandemia, um alívio para os pernambucanos. A chegada do inverno - estação chuvosa no Agreste, na Zona da Mata e na Região Metropolitana do Recife -, já se fez sentir em partes áridas do Estado. Pernambuco vive o melhor momento em relação às secas desde julho de 2014, de acordo com a atualização mais recente do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com participação da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), divulgada nesta terça-feira (21).

O monitoramento revelou que as áreas sem seca no Estado cresceram de 41,28% para 56,62% entre maio e junho, em razão das chuvas do último mês. Em junho, Pernambuco registrou acumulados de chuvas de que variaram de 30 milímetros, em grande parte do Sertão, a até mais de 400 milímetros, na Zona da Mata.

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A Mata Norte teve um acúmulo de 177,7 milímetros, 10,2% abaixo do esperado de 198 milímetros. Enquanto isso, na Mata Sul, choveu 279,9 milímetros, acima da média histórica (210,7 milímetros).

Também choveu mais que o esperado no Agreste: 279,9 milímetros, 32,2% a acima da climatologia de 210.7 milímetros.

A intensidade da precipitação abrandou o nível da seca no norte agrestino, passando de moderada para fraca. Em parte do Agreste e do litoral pernambucano, as áreas de seca fraca também diminuíram.

Agora, a estiagem leve persiste em parte do centro-sul e nordeste do Estado, segundo o Monitor, com impactos de longo prazo.

DIVULGAÇÃO/ ANA - Monitor da seca em maio e em junho

Nordeste

Não foi só em Pernambuco que a situação melhorou. O Nordeste como um todo registrou chuvas acima da média nos últimos meses, aliviando o grau das secas que ainda persistem na região. Agora, predominam as secas relativas a fracas. Áreas pequenas de seca moderada a grave ainda resistem, por conta da variabilidade das chuvas.

A climatologia do último mês mostrou que os maiores volumes de precipitação, com valores acima de 150 milímetros, aconteceram no noroeste do Maranhão e no litoral leste do Nordeste. A ANA afirma que volumes inferiores a 20 milímetros são esperados no interior da região.

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