Décimo em número absoluto de casos da covid-19 e sexto em taxa de mortalidade no Brasil, o Estado de Pernambuco deve alcançar a marca de 100 mil infectados pelo novo coronavírus na próxima semana. Até ontem, eram 95.005 pessoas que já haviam adoecido pela doença e, entre elas, 6.557 morreram. Com isso, o Estado tem uma letalidade de 6,9% - o dobro do cenário nacional, com 3,49%.
No quesito de mortalidade, indicador que mede o risco de a população morrer em decorrência de uma doença, Pernambuco tem taxa de 65,9 óbitos por 100 mil habitantes, atrás do Pará (66,1), do Rio de Janeiro (74,2), do Amazonas (77,5), de Roraima (78,1) e do Ceará (81,9). Todos esses Estados têm taxa de mortalidade maior do que a do Brasil, de 41,1 mortes por 100 mil habitantes. Os dados são do boletim do Ministério da Saúde, divulgado ontem, sobre a 30ª semana epidemiológica (19 a 25 de julho).
Acompanhar esse indicador é importante porque ele é capaz de estimar o quanto uma nova doença impacta numa determinada população, trazendo um recorte de mortes para cada proporção de habitantes e comparando lugares diferentes num período de observação.
Na quinta (30), o governo de Pernambuco anunciou que os municípios do Grande Recife e das Matas Norte e Sul continuam na Etapa 6 do Plano de Convivência com a Covid-19, por terem apresentado, na 30ª semana epidemiológica, um incremento em indicadores (casos, óbitos e demanda por leitos) que analisam a curva epidêmica. Segundo informou ontem a Secretaria Estadual de Saúde (SES), considerando os casos de síndrome respiratória aguda grave (srag), que fazem pressão na rede hospitalar, o Recife foi o município da região que apresentou maior variação nos casos de srag em uma semana: saiu de 385 para 433 confirmações. Em seguida, vêm Jaboatão dos Guararapes (125 para 146), Cabo de Santo Agostinho (30 para 50) e Olinda (91 para 104). Vale frisar que nem todo quadro de srag é covid-19. Nesta pandemia, contudo, a síndrome está extremamente relacionada à doença.
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