A Secretaria de Defesa Social (SDS) informou, neste sábado (15), que as forças de segurança pública de Pernambuco notificaram queda nos registros dos principais crimes que atingem as mulheres, como feminicídio, estupro e violência doméstica, no mês de julho.
Segundo o órgão, houve queda de 50% nos feminicídios, quando a mulher é morta pela condição de gênero. Em julho de 2020, foram três casos, contra seis no mesmo mês do ano passado. Os estupros também tiveram um declínio: -40,18%, passando de 219 queixas, em julho do ano passado, contra 131 no mesmo período neste ano.
As denúncias de violência doméstica também mantiveram a tendência de queda, mas de forma menos acentuada. A redução de 3,65% representa 118 queixas a menos, na confrontação dos dois julhos (3.231, em 2019, caindo para 3.113, em 2020).
“Estamos trabalhando de forma redobrada na pandemia e a rede de proteção à mulher está em alerta. Fizemos campanhas de incentivo às denúncias, intensificamos acompanhamentos às vítimas, solicitações de medidas protetivas e celeridade às investigações. As forças de segurança tinham em seu planejamento a possibilidade de o isolamento social favorecer a violência contra a mulher. Mas redirecionamos esforços para aumentar a prevenção e a repressão. Mas não podemos comemorar. Sabemos que há ainda subnotificação, especialmente quando falamos de crimes cometidos por pessoas muito próximas, muitas vezes dentro dos lares, e é preciso denunciar, ter amigos, parentes e vizinhos vigilantes contra os agressores”, afirmou a gestora do Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL), explicou a delegada Julieta Japiassu.
Onde e como denunciar casos de violência contra mulher
Atualmente, Pernambuco conta com Delegacias da Mulher em Santo Amaro (Recife), Prazeres (Jaboatão dos Guararapes), Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Vitória de Santo Antão, Goiana, Caruaru, Surubim, Afogados da Ingazeira, Garanhuns e Petrolina. Onde não houver uma unidade especializada, a população pode procurar qualquer delegacia de Polícia Civil mais próxima.
Casos que envolvam agressões físicas e sexuais devem ser denunciados de imediato e de forma presencial, para que sejam feitos exames e perícias, a exemplo de traumatológico e sexológico, de modo comprovar o crime e responsabilizar judicialmente o responsável. Denuncie, informe-se sobre a rede de proteção por meio da Ouvidoria Estadual da Mulher, no fone 0800-281-8187. Em caso de emergência policial, ligue para o 190 Mulher.
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