A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, nessa terça-feira (18), cinco integrantes de uma organização criminosa durante a 36ª Operação de Repressão Qualificada do ano, chamada “Consórcio do Crime”. A investigação, vinculada à Diretoria Integrada Especializada – DIRESP, iniciou-se em abril de 2020, com o objetivo de identificar e desarticular organização criminosa armada de altíssima periculosidade que planejava ataque ao sistema prisional.
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O grupo pretendia resgatar cinco presos no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima, Grande Recife, mas as forças policiais conseguiram desarticular a quadrilha, prender cinco entre os integrantes e resgatar um arsenal composto por seis fuzis - sendo um deles de fabricação israelense - e 31 quilos de explosivos, que seriam utilizados para explodir o muro da unidade prisional.
Segundo o delegado Luiz Alberto Braga, os presos foram autuados por uso de documentos falsos, organização criminosa armada, receptação de veículos e porte de arma de fogo de grosso calibre. A polícia conseguiu localizar também seus chamados "quartéis generais", utilizados para a realização de reuniões e situados em Gravatá e em Sairé, ambas cidades do Agreste de Pernambuco. Em cada um destes locais, uma pessoa foi presa em flagrante. Uma pessoa foi encontrada em Gameleira, Zona da Mata, e outras duas em um flat em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
"Desde abril a gente vinha recebendo informes da tentativa de resgates no presídio de Itaquitinga, onde houve tentativa no mês de maio. Posteriormente, houve uma explosão no presídio de Limoeiro, que infelizmente a gente não conseguiu evitar. Mas continuamos o monitoramento, aprofundamos as investigações, e conseguimos interceptá-los antes deles tentarem fazer essa explosão no Cotel", disse o delegado Braga.
Segundo a Polícia Civil, os alvos do resgate foram identificados mas, por questão de segurança, os nomes não serão divulgados.
Efetivo
As prisões tiveram participação do Comando de Operações e Recursos Especiais - CORE, da Polícia Militar, do Batalhão de Operações Especiais – BOPE e do Grupamento Tático Aéreo – GTA, além do apoio da Secretaria Executiva de Ressocialização – SERES, Polícia Rodoviária Federal - PRF, do Instituto de Identificação Tavares Buril, através da Equipe Rastro, e da Gerência Geral de Polícia Científica (GGPOC).
Investigações
As investigações foram assessoradas pelo Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social – CIIDS e pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL, que contaram com o apoio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro – LAB/LD. Na execução, foram empregados 80 policiais civis e militares.
A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) de Pernambuco, responsável pelo funcionamento o sistema penitenciário do Estado, foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou sobre o caso. A matéria será atualizada caso alguma resposta seja recebida.
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