O cumprimento de penas socioeducativas acabou sendo muito mais do que Geraldo de Oliveira, 44 anos, esperava. Para o Abrigo Espírita Lar de Jesus, na Torre, Zona Oeste do Recife, e para a ONG Ajudar, em Petrolina, no Sertão, cadastradas na Gerência de Penas Alternativas e Integração Social (Gepais), órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, as chegadas dos dois cumpridores de pena fez o time de voluntários aumentar definitivamente. Ontem foi celebrado o Dia do Voluntário.
A passagem de Geraldo no Abrigo Espírita Lar de Jesus deveria durar três meses, mas as idosas do local o cativaram. Depois de cumprir sua pena, ele ficou e hoje ajuda as 28 pessoas que moram na instituição. Mesmo durante a pandemia auxilia na orientação para prevenir a covid-19. "Foi amor que eu peguei às avós. Aqui eu esqueço do mundo, elas mudaram meu modo de viver", disse Geraldo.
A Gepais conta com mais de 700 instituições cadastradas em Pernambuco que recebem pessoas para desenvolver prestação de serviço à comunidade. Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico destaca que o engajamento mostra o quanto as penas alternativas são eficazes. "Essas pessoas são exemplos de que a ressocialização é possível, especialmente quando há colaboração da sociedade, quebrando preconceito e dando oportunidade."
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