sismologia

"Nordeste é região campeã de abalos sísmiscos", diz pesquisador após tremor de terra na Bahia

"Pernambuco é uma área sísmica. A Bahia também", exemplificou o geógrafo Lucivânio Jatobá

JC
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Publicado em 31/08/2020 às 10:48 | Atualizado em 31/08/2020 às 11:11
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Tremor de terra atingir 43 municípios do Vale do Jiquiriçá e no Recôncavo da Bahia, no último domingo (30) - FOTO: REPRODUÇÃO/CORREIO

Com informações da Rádio Jornal

Após um tremor de terra atingir 43 municípios do Vale do Jiquiriçá e no Recôncavo da Bahia, no último domingo (30), o geógrafo Lucivânio Jatobá, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), lembrou que os terremotos não são tão incomuns no Nordeste. “A gente sempre aprendeu que o Brasil estava livre de terremotos. No entanto, o Nordeste é a região campeã de abalos sísmicos no Brasil”, afirmou, em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal.

“Pernambuco é uma área sísmica. A Bahia também. Esse (terremoto) da Bahia foi curioso pela extensão, atingiu muitos municípios. Foi uma disposição dessas ondas sísmicas de forma linear. Atingiu, por exemplo Mutuípe, chegou a ser sentido em Feira de Santana, Marcosa, e até do outro lado da bacia do recôncavo, o município de Salvador”, detalhou.

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Este ano, o fenômeno também ocorreu várias vezes em municípios de Pernambuco, com destaque para a cidade em Caruaru, no Agreste, e até do Rio Grande do Norte. Ainda assim, Jatobá reforça que o os tremores sentidos não foram tão grandes quanto o registrado na Bahia.

“'Todo terremoto assusta, desde que ele seja sentido. Dá uma sensação de instabilidade. Este de ontem, acredito que deve ter causado pânico. Há um vídeo circulando que mostra os produtos caindo das prateleiras de um supermercado por conta dos movimentos. Não é nada agradável, mas também não é de se apavorar tanto, porque a magnitude deste sismo não foi extraordinária. Mas também não foi pequena como a de Caruru”, contextualizou.

O da UFRN registrou uma magnitude de 4.6 na escala Richter. Segundo ele, um tremor a partir do grau 4 já começa a ser preocupante. “Cinco já é um valor considerável. Seis, nem se fala”, ponderou. “A gente nem tem registro (do grau seis) nessas áreas, exceto no Acre. Lá, são abalos cujo hipocentro é profundo, não é superficial como ocorre no Nordeste”, disse.

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