Com as mudanças climáticas cada vez mais visíveis, o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade de Pernambuco (UPE) promoverá a partir da próxima quinta-feira (8), uma série de palestras para discutir o futuro dos biomas brasileiros. Com participação de vários estudiosos e especialistas, no ciclo de webinários serão abordados sete biomas. Além de falar do que pode acontecer com essas vegetações, caso não haja preservação, também será descrita a atual situação desses ecossistemas.
Denominado de “Qual o futuro dos Biomas Brasileiros?” o evento abordará a Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia, Cerrado, Pantanal, Marinho Costeiro e Pampa. Organizado por professores e alunos do Curso de Bacharelado do ICB, Campus Santo Amaro, no Recife, os webinários serão gratuitos, onlines e abertos ao público. O evento deve ser transmitido através do canal do Youtube do curso. Todas as palestras começarão às 15h.
Programação
8/10 – Pantanal
- com Solange Kimie Ikeda Castrillon (UNEMAT)
15/10 – Costeiro-Marinho
- com Yara Schaeffer-Novelli (IOUSP)
22/10 – Mata Atlântica
- com Mário Mantovani (FSOSMA)
29/10 – Caatinga
- com Felipe Melo (UFPE)
04/11 – Cerrado
- com Vânia Regina Pivello (IB/USP)
11/11 – Amazônia
- com Carlos Nobre (INPE)
18/11 – Pampas
- com Daniel Fiuza (UFRGS)
Certificados
Por ser um evento virtual e aberto, não haverá a necessidade da realização de uma inscrição prévia. Interessados em receber certificados de participação no ciclo de webinários ou das palestras individualmente receberão um link com o formulário nos dias do evento. Só receberão certificados para o ciclo (14 horas), aqueles que assistirem 6 das 7 palestras programadas.
Biomas em chamas
Com uma área de mais de 3 milhões de hectares (equivalente à área da Bélgica) destruída por queimadas, o Pantanal vem sendo o tema mais recente de preocupação de países europeus. Em setembro, oito países do 'velho continente' enviaram uma carta aberta para o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), pedindo prestação de contra sobre a política ambiental brasileira.
Além das queimadas que estão devastando o Pantanal, a Amazônia também está sofrendo com destruição gerada pelo fogo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente nos primeiros 14 dias de setembro deste ano, foram registradas mais queimadas no bioma amazônico do que em todo o mesmo mês de 2019, um crescimento de 86% para o período.
Os principais biomas do país estão sendo consumidos por queimadas e incêndios generalizados sem precedentes. O Greenpeace Brasil classifica as queimadas como "resultado de uma mistura explosiva de secas severas e absoluto descaso proposital do poder público com a proteção do meio ambiente".
No Pantanal, maior planície interior inundada do mundo, o fogo já atingiu, até o final de agosto, mais de 12% do bioma. No Cerrado, a savana mais biodiversa do mundo, já foram registrados mais de 38 mil focos de calor até 16 de setembro.
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